Este é o primeiro capítulo de uma novela que promete ser grande e cansativa. Enquanto a temporada 2018 da Fórmula 1 não se inicia, começam a surgir opiniões e críticas sobre o novo regulamento da categoria. Entre as novas regras que vão entrar em vigor, está a implementação da dos três motores que Christian Horner, diretor da Red Bull, foi contra juntamente com várias outras equipes.
Para o francês Jean Todt, presidente da FIA, o fato da regra não ser unanime não há volta e por esta razão as equipes não terão outra solução que contar apenas com três motores para a temporada inteira.
Para Yusuke Hasegawa tal medida é considerada “irracional”. Segundo o ex-líder do projeto Honda, a mudança é extremamente radical e promete complicar ainda mais a vida das equipes na F1.
“É muito difícil. Não apenas para nós. A Renault também teve dificuldades. Não acho razoável. Do ponto de vista técnico, é complicado demais. Se salvarmos o desempenho do motor, é fácil de alcançar. Se usarmos 2000 rpm (rotações por minuto) abaixo, é claro que podemos terminar, mas não faz sentido”, garantiu Hasegawa, antes de abandonar o cargo na Honda F1.
Com os motores necessários para durar sete corridas no próximo ano, os construtores enfrentam um difícil equilíbrio entre desempenho e confiabilidade. Um assunto delicado para a Honda que teve vários problemas com a equipe McLaren durante os três anos (2015,2016 e 2017) de parceria.
“Neste momento, precisamos de nos concentrar na confiabilidade, para ter um motor capaz de concluir sete corridas. Mas precisamos de melhorar o desempenho também. É bom que tenhamos uma linha de base. Precisamos de confirmar que o motor atual está OK. Assim que confirmarmos isso, daremos o próximo passo”, finalizou Hasegawa.
Como você sabe, nesta temporada a Honda irá fornecer seus motores, por hora, apenas para Toro Rosso. Já seu antigo parceiro McLaren passa a contar com os motores da Renault.
