Com um dia útil a mais do que agosto, as vendas de veículos leves em setembro cresceram 7,9% em relação ao mês anterior e 3,9% comparado ao mesmo período de 2024.
No total do ano, o mercado atingiu 1.807.438 unidades, um aumento de 3,3% em relação ao acumulado de janeiro a setembro de 2024.
O desempenho dos emplacamentos no mês anterior foi puxado para cima pela recuperação de comerciais leves, que vinha apresentando retração nos últimos meses. “Estamos com crescimento acumulado, mas menor do que imaginávamos, o que demonstra retração no movimento ascendente estimado para os segmentos neste ano”, destacou Arcelio Junior, presidente da Fenabrave, alertando para a manutenção das altas taxas de juros, que afetam os financiamentos.
A Fenabrave revisou as projeções anunciadas em julho. Alguns setores sofreram ajustes, como o de motocicletas, cujo crescimento esperado subiu para 15% em 2025.
Já o segmento de automóveis e comerciais leves deve sofrer impacto dos juros, tendo aumento menor do que o esperado, passando de 5% para 3%.
Com os ajustes, o setor como um todo, puxado pelo recorde de vendas de motocicletas, deve crescer 7,2%, numa previsão maior do que a anunciada em julho, que previa aumento de 6,2%.
Ranking de vendas: Argo, Tera e Saveiro surpreendem

Em setembro, alguns modelos se destacaram nas vendas: o Argo, com versões participantes do programa Carro Sustentável, que tem IPI zerado e emplacou mais de 9 mil unidades. O Tera sobe no ranking e foi o sexto mais vendido no mês. A picape Saveiro é outra que chama a atenção: com pouco mais de 8 mil licenciamentos, a picape pequena da Volks foi o 5º modelo leve mais vendido no mês passado.
No consolidado até setembro, poucas surpresas: liderança absoluta da Strada, T-Cross é o SUV líder e o Corolla Cross na sequência, modelo que vai ser impactado pelo incidente que ocorreu na fábrica da Toyota, no interior de São Paulo. O Honda HR-V é o quarto SUV mais vendido, 11º no geral e com tendência de alta.
Top 10 dos mais vendidos de janeiro a setembro de 2025
| Modelo | Unidades |
| 1º Fiat Strada | 101.298 |
| 2º Volkswagen Polo | 93.707 |
| 3º Fiat Argo | 74.011 |
| 4º Volkswagen T-Cross | 65.987 |
| 5º Hyundai HB20 | 58.775 |
| 6º Chevrolet Onix | 54.931 |
| 7º Fiat Mobi | 53.115 |
| 8º Toyota Corolla Cross | 51.973 |
| 9º Hyundai Creta | 51.632 |
| 10º Volkswagen Saveiro | 48.355 |
Fonte: Fenabrave
Boreal está pronto pra chegar às lojas

A Renault iniciou a produção do SUV Boreal no Paraná, tornando-se a primeira fábrica a produzir esse modelo no mundo. O novo SUV do segmento C atem design imponente, interior tecnológico com painel duplo inspirado nos modelos elétricos Renault 5 e 4, sistema de infoentretenimento com Google Automotive Services e áudio Harman Kardon Premium.
Possui uma arquitetura elétrica de ponta que suporta até 24 sistemas de assistência ao motorista (Adas). O motor é o 1.3 turboflex de até 163 cv e transmissão automática de seis marchas.
Nova ferramenta indica reais descontos na venda do carro

A Megadealer lançou, neste mês, o PVZ Estudo de Preços de Veículos Zero Km, uma ferramenta inédita no mercado brasileiro de veículos novos que reúne dados e insights sobre precificação e descontos praticados pelas concessionárias.
Somente no primeiro semestre deste ano, foram coletadas informações de mais de 430 mil operações de vendas de veículos, que integram a primeira versão do estudo.
Durante agosto, as vendas de veículos zero-km no Brasil tiveram uma redução média de -7,3% nos preços sugeridos pelas montadoras, com um ticket médio de R$ 155.642, abaixo do valor recomendado de R$ 167.871. O mercado apresenta um giro de estoque de 39 dias.
O impacto da redução do IPI, adotada em julho, é perceptível, promovendo descontos maiores principalmente nos segmentos de menor preço, como o dos hatches, que alcançou 11,9% de desconto.
As regiões Sudeste, especialmente RJ, MG e ES, oferecem os maiores descontos, enquanto Norte e Centro-Oeste têm os menores. Entre as montadoras, Renault, Jeep e Peugeot lideram com descontos acima de 10%, enquanto GWM, CAOA Chery e Kia apresentam os menores abatimentos, abaixo de 3%.
Lucia Camargo Nunes


