Ludvig comprou os veículos extrapesados que rodarão cerca de 120 mil quilômetros por mês
A Cerealista Ludvig apostou no conforto do MAN TGX para atrair e reter motoristas qualificados à sua operação. A empresa acaba de adquirir mais dez unidades do TGX 29.440 6×4, fabricados pela MAN Latin America. Juntos, os caminhões devem rodar cerca de 120 mil quilômetros por mês, de Rio Branco do Sul (PR) a Porto Alegre (RS), levando 8 mil toneladas de cimento na carga.
Com o negócio, a Ludvig duplica sua frota de veículos MAN, chegando a 20 unidades. Os resultados positivos superam a questão do conforto. O primeiro TGX adquirido pela transportadora está com mais de 270 mil quilômetros rodados e nunca apresentou problemas. De acordo com Vilma Ludvig, diretor da empresa, outro atrativo do veículo para sua operação está no consumo de combustível, que corresponde às expectativas.
Diante da oportunidade de ampliar seus negócios, que antes se restringiam ao transporte de cereais, a Ludvig cruza o Sul do país há quatro anos com cimento para ajudar a construir a infraestrutura de que o Brasil precisa para se desenvolver. E não foi só o leque de atuação que se expandiu. Para acompanhar esse crescimento, a empresa também alicerça sua estratégia na valorização de seus profissionais.
“Hoje o mercado de trabalho está bastante competitivo e oferecer ferramentas avançadas é fundamental para garantirmos profissionais diferenciados e, consequentemente, o melhor atendimento ao cliente. O TGX nos proporciona essas condições”, afirma Alex Ludvig, responsável pelo operacional da empresa. Ele conta que os modelos da MAN são os mais disputados pelos motoristas, que reconhecem os benefícios de conduzi-lo.
Ricardo Alouche, vice-presidente de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da MAN Latin America, fabricante dos caminhões e ônibus Volkswagen e MAN, também ressalta essa tendência. “A profissionalização nas estradas é cada vez maior e deve seguir assim, trazendo vantagens a todos os segmentos envolvidos. Não só os veículos evoluíram, mas também os motoristas, que demandam por condições ideais de trabalho. E, realmente, nossos veículos estão perfeitamente alinhados a esse cenário”, afirma.
Scania e Itaipu testam ônibus movido a biometano
Teste com veículo pretende estimular o uso de combustíveis alternativos no Brasil.
O Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu (PR), foi o cenário escolhido pela Scania e a Itaipu Binacional para a primeira apresentação pública do ônibus Scania movido a biometano, e a assinatura de um termo de cooperação técnica entre as empresas para desenvolver e estimular no Brasil o uso do biometano como combustível veicular.
Fabricado na Suécia, o ônibus Scania já atende às normas do Euro 6 e é considerado um dos mais modernos veículos de transporte público do mundo com motor preparado para operar movido tanto com gás natural veicular (GNV) como com o biometano — emitindo até 70% menos poluentes do que um ônibus movido a diesel.
O veículo estará em circulação até o dia 24 de novembro, transportando funcionários da Itaipu e estudantes. Além da empresa e da montadora, participam do projeto o Centro Internacional de Energias Renováveis-Biogás (CIBiogás-ER), Fundação PTI e a Granja Haacke.
Esta última é a responsável pela produção do biometano, a partir de excrementos de 84 mil galinhas poedeiras, capazes de produzir até 700 metros cúbicos do gás por dia. Na granja, o biometano é filtrado e envasado, antes de ser transportado para Foz do Iguaçu.
O ônibus Scania tem um sensor que consegue identificar o teor de oxigênio nos gases de escape, informando ao módulo eletrônico quanto a sua presença em relação ao ar de amostragem e consequentemente possibilitando o controle da quantidade de combustível a enviar para o motor, ou seja, uma melhor mistura de ar/combustível, conseguindo um melhor rendimento, redução de consumo e diminui a poluição.
“Para Itaipu, o ônibus Scania transformou-se em um laboratório ambulante que atesta a qualidade do gás metano que estamos produzindo”, destaca o superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, Cícero Bley Júnior, que também preside a Associação Brasileira de Biogás. Segundo ele, o objetivo da parceria é demonstrar a viabilidade da aplicação do biometano na mobilidade urbana, para que ele possa ser integrado à matriz de combustíveis do País. Atualmente, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) está com uma consulta pública aberta para regulamentar o uso do combustível.
O ônibus em teste na Itaipu tem 15 metros de comprimento, com dois eixos direcionais e capacidade para até 120 passageiros. Antes de chegar ao Brasil para essa demonstração, o ônibus Scania passou pelo México e pela Colômbia, sempre abastecido com GNV. Em Bogotá, foi testado em condições extremas: altitude elevada, baixa pressão atmosférica, tráfego pesado e ladeiras.
Responsável por conduzir o ônibus no giro pela América, Miguel Morales Gomes, master driver da Scania, disse que não notou diferença de desempenho do veículo abastecido com biometano ou com o GNV convencional, derivado do petróleo. “A diferença é zero tanto em topografias de subidas quanto de descidas. Foram feitos testes em diversas condições, justamente para provar que o desempenho deste ônibus Scania movido a biometano é ótimo”, elogiou.
Mauro Cassane/MM Editorial