Substâncias derivadas da queima do lubrificante do motor podem se acumular no catalisador e comprometer o seu desempenho se o óleo e o filtro não forem trocados dentro do prazo correto. A Umicore, principal fabricante de catalisadores e especialista em controle de emissões da América do Sul, alerta para a importância da verificação desses itens para evitar o aumento da emissão de poluentes.
Segundo Cláudio Furlan, gerente Comercial da Umicore é fundamental que a troca de óleo seja realizada no prazo correto, conforme manual do fabricante. Caso não seja respeitado, há risco de formação de borras e desgaste excessivo do motor, o que contribui para o aumento do consumo de óleo lubrificante. O catalisador é contaminado por elementos como fósforo (P), zinco (Zn), cálcio (Ca) e magnésio (Mg), que se acumulam na camada catalítica, encobrindo os metais nobres, comprometendo a eficiência do equipamento, responsável por converter até 98% dos gases nocivos em inofensivos.
Além de afetar a qualidade do ar, principalmente em grandes centros urbanos, onde há alta concentração de veículos, e, consequentemente, a saúde da população, a falta de revisão pode elevar os gastos do proprietário do veículo em até 30%, segundo estudos do setor.
Vale ressaltar que os veículos são desenvolvidos considerando a existência do catalisador. Sua eliminação ou danificação altera as condições de funcionamento do automóvel, desregulando o sistema de injeção eletrônica e a contrapressão do sistema de escapamento. Também há perda de rendimento do motor, além de ser uma infração de trânsito passível de multa.
Montado dentro de uma cápsula de aço inox, o catalisador é composto por uma colmeia cerâmica que, por meio de uma reação química, transforma os gases tóxicos provenientes da queima do combustível em gases inofensivos. Segundo a Umicore, a peça pode ter a mesma durabilidade do veículo, desde que seja realizada a correta manutenção, conforme descrito no manual do fabricante.
No caso de catalisadores posicionados no assoalho do veículo, o impacto, comum em estradas de terra ou mal conservadas, pode prejudicar o seu funcionamento. O abastecimento com combustível adulterado e substâncias presentes em óleos lubrificantes de má procedência também podem comprometer a sua eficiência e durabilidade.