Para muitas pessoas, férias é a época do ano mais esperada. Se o veículo for o meio de locomoção escolhido, é fundamental que se inclua a bateria no check list de revisão. Esse é o alerta de Marcos Randazzo, engenheiro de aplicação da Johnson Controls, fabricante dos produtos da marca Heliar. “O aconselhável é que a revisão da bateria aconteça a cada seis meses. Porém, muitas pessoas só se lembram de que ela existe quando surge um problema”, ressalta.
O especialista reforça ainda a necessidade de se dar atenção ao alternador, peça-chave no sistema elétrico do veículo, sendo responsável por abastecer os componentes eletrônicos do automóvel, quando o motor está em funcionamento. É ele também que produz a energia armazenada na bateria, que, por sua vez, fica responsável pela partida do automóvel, além de alimentar todo o sistema elétrico quando o carro está desligado. “Em geral, a revisão demora cerca de 10 minutos, que podem salvar o motorista de muitos transtornos durante os trajetos”, conta Randazzo.
Quatro checagens essenciais
De acordo com Randazzo, é importante que a revisão da bateria seja realizada por profissionais especializados, munidos de conhecimento técnico e equipamentos adequados, que estejam atentos a quatro checagens:
- Funcionamento – Verifica se alternador e bateria estão operando em condições adequadas;
- Visual – Checa se os terminais estão devidamente conectados aos polos e se estes apresentam sinais de oxidação que exijam limpeza;
- Nível da água – Hoje, a maioria dos modelos de baterias é selada, mas, ainda assim, é possível verificar o nível do líquido. Enquanto umas são fabricadas com embalagens translucidas, outras possuem indicadores externos;
- Fixação – Checa se a bateria está adequadamente instalada no suporte, evitando assim dados internos ao produto.
Atenção ao mau uso
Ligar e desligar o motor sucessivamente em períodos curtos ou deixar luzes, faróis, lanternas e som ligados com o motor desligado são hábitos que podem reduzir significativamente a vida útil da bateria. A instalação de acessórios que não são originais de fábrica ou não estavam previstos para o veículo, também podem resultar em problemas. De acordo com Randazzo, a redução da vida útil pode ser causada por defeitos como:
- Sobrecarga – significa que a bateria do veículo está recebendo uma quantidade de energia superior a que ela é capaz de suportar (Tensão de trabalho deverá estar de 13,5 a 14,5 Volts);
- Subcarga – indica que o alternador não está enviando ao sistema elétrico e à bateria a quantidade necessária de energia;
- Fuga de corrente – caracterizada pelo consumo de energia quando o veículo está desligado, como, por exemplo, por meio de algum componente eletrônico mal instalado; e
- Desequilíbrio elétrico – quando o alternador não consegue suprir a necessidade de energia demandada de todos os componentes elétricos e eletrônicos, fazendo com que a bateria se descarregue completamente.