Não basta ser um bom piloto, tem que rostinho e corpinho de menina para o chamado marketing de uma equipe de Fórmula 1. A constatação foi do piloto dinamarquês Marco Sorensen que confessou que saiu da antiga Lotus, agora Renault, em protesto contra o tratamento privilegiado da espanhola Carmen Jordá.
Os dois tinham o papel de piloto de desenvolvimento e de simulador na equipe de Enstone. Mas o dinamarquês acusa a espanhola de não ter capacidades para a Fórmula 1. “Ela era 12 segundos mais lenta do que eu no simulador. Ainda assim, ela ficou com todo o reconhecimento”, desabafou o dinamarquês ao jornal local Ekstra Bladet. “Senti que estavam desrespeitado e tinha de parar.”
Sorensen comparou a sua experiência com a do compatriota Kevin Magnussen, escolhido precisamente para uma das vagas na ex-Lotus, agora Renault, depois de um ano como piloto de desenvolvimento da McLaren. “Testei por pelo menos 60 dias nos últimos dois anos, assim como Kevin Magnussen trabalhou no simulador da McLaren como piloto de desenvolvimento. Não tinha 6,7 milhões de euros, o que ouvi dizer que é o mínimo que é preciso para pagar por um lugar na Fórmula 1″, chorou o jovem dinamarquês.
Carmen Jordá, por sua vez, permanece na Renault, mas a sua posição ainda não está definida. Apesar de ser oficialmente piloto de desenvolvimento, a espanhola não tem resultados suficientes para conseguir a superlicença e pilotar um Fórmula 1.