A cultura de seguro para pessoas físicas ainda não é muito difundida no Brasil. Seguros de vida, desemprego, residenciais e de automóveis ainda são pouco procurados se levarmos em consideração o tamanho da população. Atualmente estima-se que somente 30% da frota de automóveis brasileira seja segurada e este número está concentrado nas grandes cidades. Para seguros residenciais a porcentagem tende a ser ainda menor.
No entanto, a atual crise econômica fez com que houvesse um aumento da procura de alguns tipos de seguro como de automóveis e desemprego, já que há uma preocupação maior com a instabilidade financeira e a possibilidade de gastar dinheiro com manutenção dos bens acaba fazendo com que as pessoas invistam em prevenção. Este aumento, porém, não foi significativo a ponto de mudar as estatísticas, mas pode sinalizar um começo de mudança na visão dos cidadãos.
No caso das pequenas e médias empresas, apenas 16% se protegem como deveriam e a maioria acaba correndo riscos como danos ao patrimônio e à imagem do negócio, o que pode levar anos para recuperar. “O seguro é algo intangível e devido à situação política e econômica do País, as empresas ainda possuem a visão de que o seguro é um valor pago para que não seja utilizado”, conta Ana Paula Fernandes, gerente de varejo da Lockton. Nestes casos, é comum que o investimento seja direcionado para outra área. Mas Ana Paula observa que empresas que já passaram por incidentes em que houve necessidade de algum tipo de seguro, têm um pensamento bem diferente e entendem a importância de estarem cobertos.
Entre as empresas que prezam pela proteção, o seguro mais solicitado é os de Prestação de Serviços em Local de Terceiros com coberturas para empresas que exercem funções em escritórios e residências e cobrem problemas causados pelos segurados quando estão em serviço.
“Trabalhar com prevenção é o caminho mais seguro para evitar imprevistos financeiros nos negócios e na vida pessoal. Acidentes e falhas humanas podem acontecer todo o tempo e o seguro garante que os imprevistos sejam resolvidos de forma rápida e menos danosa”, explica Ana Paula Fernandes.
Pessoas Físicas:
– Os seguros mais procurados por pessoas físicas são os residenciais e os de automóveis. No caso de automóveis as principais coberturas são: contra colisão, incêndio, roubo, furto, terceiros e assistência. Para os residenciais, as principais apólices cobrem incêndio, danos elétricos, vendaval, roubo e assistência. Os mais procurados pelos brasileiros são os seguros de automóveis com valor médio de R$ 1.600,00.
PMEs:
– Os seguros mais procurados pelas PMEs são os empresariais, os de saúde e os de responsabilidade civil, cujos valores de apólice variam bastante e são estabelecidos caso a caso.
Ana Paula Fernandes, Gerente de Varejo da Otimize, divisão da Lockton Brasil