Quem não gostaria de ter na garagem algum dos modelos de carro clássicos que fizeram parte da vida de muitos brasileiros como a Brasília, o Del Rey, Fiat 147, Fusca, Gurgel, Opala ou outros que marcaram época? No entanto, quando o assunto é manutenção, encontrar peças e acessórios originais destes veículos da década de 70, 80 e 90 pode ser uma missão difícil e cara.
Por estar dentro deste universo, Gerson Burin, coordenador técnico do CESVI BRASIL, Centro de Experimentação e Segurança Viária do Grupo MAPFRE, reuniu dicas simples e práticas que podem ser adotadas para proteger não só o seu carro antigo, mas também aquele de uso diário.
“Quando falamos em reparação e manutenção o objetivo é garantir a segurança de todos no veículo e, ao mesmo tempo, evitar gastos indesejados. Entretanto, em carros mais antigos e com itens que são difíceis de encontrar no mercado, o cuidado para a preservação das peças originais é essencial para manter a segurança na condução, o ar vintage e a conta bancária no azul, sem gastos fora de época”, comenta.
De acordo com o especialista, veículos que ficam muito tempo na garagem exigem do motorista uma percepção maior dos sinais que o veículo dá quando precisa de uma nova manutenção. “O importante é colocar o carro para andar com frequência, movimentar os fluidos, óleos e combustível para evitar o ressecamento de peças, mangueiras e até do sistema de freios e embreagem”, finaliza Burin.
Confira mais algumas dicas que podem ajudar a proteger a sua raridade na garagem:
Motor – O óleo do motor é um item importante para a durabilidade e desempenho do motor. Se ficar muito tempo parado, acaba vencendo o seu prazo de validade e perde a sua característica de lubrificação. Por isso, o ideal é ligar o motor do veículo por 20 minutos a cada semana, evitando assim o total escoamento do óleo das partes mais altas do motor.
Bateria – Mesmo com o carro parado, a bateria pode descarregar com o tempo, por conta dos itens elétricos como rádio, alarmes, relógios e até o painel que demandam uma quantidade mínima de energia. Portanto, desligar os cabos da bateria quando o veículo não for usado por mais de duas semanas pode gerar uma economia relativa para o bolso do motorista.
Pintura – Lavar e encerar o carro regulamente é uma boa maneira de preservar a pintura. Outra dica é o uso de capas de proteção de qualidade e manter o veículo na sombra para evitar o desgaste com o tempo. Mas se for preferir algum detergente durante a lavagem, prefira os neutros. Agridem menos a pintura.
Para-brisas – Lembre-se de trocar as palhetas do para-brisa, que devido à falta de uso tendem a ficar ressecadas. Além disso, preencher o reservatório do líquido de lavagem facilita a limpeza e evita riscos no vidro durante a utilização do limpador.
Pneus – Deixar os pneus murchos pode deformar a cinta de metal interna, por isso é preciso mantê-los sempre cheios e calibra-los com frequência. Em carros com pouco uso é recomendável ficar atento ao prazo de validade dos pneus (indicado na lateral da peça), que ficam ressecados e mais suscetíveis a danos em contato com o asfalto. E, como em todos os veículos, ainda é recomendado observar a marcação entre as fissuras que indica a hora da troca (TWI), mesmo em itens que ainda não venceram.
Óleos – Fiquem atentos a vazamentos de óleo que podem ser do sistema de direção hidráulica, do motor ou mesmo da caixa de transmissão. Observe também o consumo de óleo do motor, sempre verificando o seu nível na vareta para que não trabalhe sem óleo, o que poderá travar o motor.
Para mais informações sobre o CESVI BRASIL, basta acessar o site www.cesvibrasil.com.br.