Responsável por converter cerca de 85% dos gases poluentes em substâncias inofensivas, os catalisadores são peças fundamentais também nos veículos de duas rodas. Isso porque, diferentemente dos carros, as motos exigem mais do motor para ter um bom desempenho, tornando-se, assim, mais poluentes. Segundo a Umicore, principal fabricante de catalisadores do Brasil, as motocicletas podem emitir oito vezes mais gases tóxicos caso a peça seja retirada.
Com uma frota de 20 milhões de motocicletas em circulação no País, conforme dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), os cuidados com as emissões se tornam essenciais para garantir a qualidade do ar e controle da poluição. Ainda assim, alguns motociclistas insistem em retirar o catalisador por acreditarem que a peça diminui a potência das motos, o que de fato não ocorre.
“Esses equipamentos são desenvolvidos para gerar pequena contrapressão, por isso, não comprometem o desempenho das motocicletas”, explica o Gerente Comercial da Umicore, Cláudio Furlan. O especialista alerta ainda que a remoção da peça é infração grave e passível de multa, conforme o Código de Trânsito Brasileiro. “O recomendado é que ao trocar o escapamento, seja por razões de durabilidade ou estéticas, o motociclista certifique-se de que o novo produto seja dotado de catalisador”, acrescenta Furlan.
De acordo com o gerente de Aplicação do Produto da Umicore, Miguel Zoca, os catalisadores de motocicletas têm também dimensões reduzidas para não interferir no visual do veículo. “As composições das matérias-primas neste caso são adequadas às condições específicas da moto, tornando o catalisador muito mais leve e de menor inércia térmica, aquecendo-se e esfriando-se mais rapidamente”.
O catalisador presente nas motocicletas é composto por uma colmeia metálica que, em meio à reação química, transforma em inofensivos os gases tóxicos produzidos pela queima do combustível.