A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, por meio de patrocínio da Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, trabalhou na preservação de doze esculturas expostas no Parque Jardim da Luz, localizado ao lado da instituição museológica. No total, 55 obras que compõem o acervo da Pina estão no Parque e recebem manutenção periódica.
As esculturas estão expostas ao público desde 2000. Devido à longa permanência em ambiente externo, as obras estão sempre sujeitas a ação do tempo e podem apresentar sinais de degradação. A equipe do Núcleo de Conservação e Restauro da Pinacoteca priorizou e coordenou em 2016, o restauro de doze obras, entre elas “Voo de Pássaro”, de Liuba Wolf, “Oração”, de Károly Pichler, “Craca”, do paulistano Nuno Ramos, e a “Garça”, de autor desconhecido.
“A obra “Craca”, do Nuno Ramos, foi higienizada e reposicionada, ajustando seu nivelamento no gramado. Já a Garça teve seu sistema hidráulico reinstalado e voltou a funcionar como fonte dentro do lago”, explica Valéria de Mendonça, coordenadora do Núcleo de Conservação e Restauro da Pinacoteca de São Paulo.
O trabalho de conservação e restauro das obras do Parque acontece continuamente. Elas são vistoriadas semanalmente e, se necessário, a equipe de conservadores e restauradores do museu higieniza e conserva o conjunto, em um sistema de rodízio. Em 2016, o trabalho foi intensificado entre junho e dezembro.
“É um trabalho complexo visto que as obras ficam expostas ao ar livre, são de médio e grande porte e produzidas com diferentes materiais. A conservação continuada desse patrimônio é fundamental para permitir que os visitantes apreciem as obras em sua total integridade física e estética. Esse é um trabalho de grande responsabilidade e muito especial”, completa Mendonça.
Patrocinado desde 2015 pela Braskem, o Núcleo de Conservação e Restauro da Pinacoteca é referência na preservação de obras de arte. A parceria contou com dois eixos principais de atuação: viabilizar atividades desenvolvidas pelo Laboratório de Conservação, como por exemplo, a identificação e catalogação de 84 obras do acervo do museu feitas com materiais plásticos, a revitalização e a ampliação das ferramentas de acessibilidade das esculturas do Parque da Luz, por meio de um aplicativo lançado em janeiro de 2017, e a restauração das doze obras do Parque.