Avaliação: o “honesto” Volkswagen Jetta 1.4 TSI Comfortline

A Volkswagen está apostando na sua família TSi. É o novo up!, o Golf e o Jetta. Pois bem, presentado no início do ano de 2016, o Volkswagen Jetta recebeu uma importante melhoria, passou a contar com o novo motor quatro cilindros de 1.4 TSI com 150 cavalos, fabricado no México. Acredita-se que em breve ele passará a ser equipado com a versão já abrasileirada flex da mesma família que o motor que equipa o Audi A3 sedan fabricado no Brasil, bem como o motor que equipa o Golf 1.4.

A primeira vista, o Jetta é um daqueles carros bem comportados, um sedã que concorre com os Honda Civic, Toyota Corolla, Nissan Sentra entre outros. Suas dimensões são médias: 4659 mm de comprimento; 1778 de largura; 1.473 mm de altura; 2651 mm de distância entre eixos; peso de 1285 kg; 55 litros de capacidade de tanque de combustível. E, finalmente, 510 litros de capacidade do porta malas.

Internamente, o Jetta é completo: bancos revestido de couro – o do motorista tem comando elétrico;  volante revestido de couro com hastes para troca de marcha (shift paddles) e comandos do computador de bordo e dos sistemas de som e de telefonia; sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, alarme com comando remoto, apoia braço com tomada de 12V adicional e saída de ar-condicionado para o banco traseiro, porta-luvas refrigerado, sistema de infotainment “Composition Touch”, iluminação da placa de licença em LED e volante com ajustes de altura e distância.

Esta versão traz como opcional o teto solar e o pacote Exclusive, que conta com sistema de infotainment “Discover Media”, sistema Coming & Leaving Home, sensor de chuva, rodas de 17 polegadas e pneus 225/45, sistema Kessy (que permite abertura das portas por aproximação da chave e partida do motor por meio de um botão) e ar-condicionado digital de duas zonas.

Mas o barato mesmo do Jetta é o 1.4 TSI está combinado com uma transmissão automática (que tem conversor de torque) de seis marchas com função Tiptronic. A sigla TSI representa a unificação de algumas tecnologias de ponta, como injeção direta de combustível e turbocompressor. Outro diferencial do motor é a presença do duplo comando de válvulas variável, tanto na admissão, como no escape. Além disso, as válvulas são acionadas por balancins roletados (RSH, sigla para o termo alemão rollenschlepphebel), recurso que minimiza o atrito entre os componentes e aprimora sua eficiência.

Esse motor 1,4 litro TSI da família EA211, é um dos mais avançados da Volkswagen no mundo. Ele entrega 150 cv de potência máxima à 5.000 rpm. O torque máximo é de 25,5 kgfm já disponíveis a 1.500 rpm. Ou seja, estamos falando de um motor 30% menor em cilindrada, porém com 25% a mais de potência e 38% a mais de torque em comparação ao 2.0 aspirado utilizado anteriormente.

Com esses comandos, a variação das válvulas é contínua. No comando de admissão, a variação máxima é de até 50 graus em relação ao ângulo do virabrequim. Já o comando de escape permite até 40 graus de variação. Com esses recursos, o motor consegue alcançar seu pleno torque já a partir de baixas rotações, entregando alta potência em altas rotações (1.500 rpm).

A variação de fase na admissão e no escape permite a adoção de estratégias especiais de gerenciamento do motor. Sob baixa e média cargas, ocorre o “cruzamento de válvulas” (atraso do fechamento das válvulas de escape combinado ao adiantamento da abertura das válvulas de admissão). Com isso, parte do volume do cilindro permanece ocupado com gases de escape para o ciclo seguinte, permitindo que se trabalhe com a borboleta mais aberta. Dessa forma, é possível reduzir as “perdas por bombeamento” (ou “esforço de aspiração de ar”), com consequente redução de atrito e melhor aproveitamento da energia produzida pelo motor.

Sob alta carga (maior abertura da borboleta do acelerador) e em médio regime de rotações, o fluxo de admissão colabora para “expulsar” os gases de escape de dentro do cilindro e, assim, acelerar a turbina, eliminando o retardo de acionamento (“lag”). O resultado é rapidez de resposta ao acelerador com alto torque em baixa rotação.

O Jetta 1.4 acelera de 0 a 100 km/h em 8,6 segundos e alcança 203 km/h de velocidade máxima. Certamente, estamos falando de um desempenho que fica bem acima da média dos sedans concorrentes. Além do ótimo desempenho, nota-se a eficiência na economia de combustível. Durante nossos testes, em circuito rodoviário, conseguimos fazer médias de até 16,5 km/l, o que é excelente para um carro que pesa 1.285kg. Na cidade a nossa média esteve na casa dos 10 km por litro de gasolina. O preço do VW Jetta 1.4 TSI Comfortline é de R$ 89.750.

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