Chefe da equipe britânica quer reduzir o teto orçamental da Fórmula 1 para a próxima temporada
Andreas Seidl, o responsável pela equipe de Fórmula 1 da McLaren, considera que a categoria precisa de mudanças rápidas para fazer face ao adiamento da temporada de 2020 e as consequências econômicas da pandemia de Covid-19.
Para Seidl a Fórmula 1 precisa de seguir um caminho diferente de forma a evitar que algumas das equipes do paddock corram o risco de desaparecer. “Acho que a crise pela qual passamos é o último aviso para uma categoria que antes era insalubre e insustentável e agora chegou a um ponto em que precisamos de mudanças drásticas”, alertou o chefe da McLaren.
Neste sentido, a McLaren, que tem sede em Inglaterra, já pediu à Federação Internacional do Automóvel (FIA) para que o teto orçamental das equipes de Fórmula 1 da próxima temporada seja reduzido dos cerca de 160 milhões de euros para os 90 milhões, um corte superior a 45 por cento. “O mais importante é dar esse próximo grande passo, que achamos absolutamente necessário, considerando todas as perdas financeiras que enfrentaremos este ano”, argumentou, em vésperas de uma nova reunião entre a FIA e as 10 equipes do campeonato do mundo.
Seidl não vê “nenhum sinal de que a F1 possa não existir no próximo ano”, contudo, o alemão Siedl está preocupado com “o risco de perder equipes” se não agirem agora. “Se tomarmos as decisões corretas, a Fórmula 1 poderá ser mais sustentável no futuro e mais saudável do que tem sido nos últimos anos”, insistiu, considerando que, se for esse o caminho,“isso deve ajudar a melhorar a categoria e o espetáculo, algo do interesse de todos e também dos fãs”, concluiu Andreas Seidl.
O antigo responsável da Porsche não tem ideia de quais vão ser as perdas financeiras da sua escuderia, uma vez que acha ainda é cedo para ter uma ideia de quando as equipas voltarão ao trabalho, bem como o retorno das corridas . No entanto Ross Brawn, diretor esportivo da Fórmula 1, em entrevista à BBC, revelou que o limite para o início da época de F1 será outubro e o seu fim nunca poderá ultrapassar janeiro de 2021.