Atividade promovida pelo Colégio Marista Glória busca auxiliar estudantes a compreenderem esse momento, conhecendo melhor o passado
Uma pandemia se alastra pelo mundo. O número de contaminados aumenta dia a dia, deixando a sociedade assustada. O principal instrumento para barrar o alto índice de contágio é o isolamento social. Apesar do cenário de incerteza, algo pode ser afirmado: uma doença mudou a maneira das pessoas se relacionarem e enxergarem o mundo.
A descrição acima pode ser facilmente identificada com os tempos que vivemos hoje. Porém, ela também se encaixa perfeitamente em outro contexto histórico: a pandemia da peste bubônica, conhecida como Peste Negra, na Europa do século XIV (14).
Essa comparação está sendo feita pelos alunos do 7º ano do Colégio Marista Nossa Senhora da Glória, localizado na Zona Central de São Paulo (SP), em atividade promovida pelos professores de História Eduardo Souza Cunha e Faissal Ghazi Tannoukhy. Em meio ao isolamento social, atualmente as aulas estão ocorrendo em ambiente online.
A atividade está sendo realizada em uma ferramenta de fórum, dentro de uma plataforma virtual. “Dessa forma, o instrumento do fórum tem como objetivo a construção do conhecimento colaborativo, pois, além de deixar sua contribuição para o debate, os estudantes podem comentar as pesquisas dos seus colegas, criando um espaço de debate”, explica o professor Tannoukhy.
Prevenção e História
Dentro desse quadro, os professores solicitaram uma atividade complementar às aulas de Renascimento comercial e urbano. Os alunos foram orientados a ler e a analisar textos referentes à Peste Negra, recomendados pelos professores.
Depois, os estudantes realizaram uma pesquisa sobre as principais características do Covid-19, como índice de contágio, formas de transmissão e cuidados de prevenção. E assim, por último, tiveram que comparar as duas pandemias: o que há de semelhante e diferente entre a Peste Negra e o novo coronavírus?
“Dessa forma, os alunos são incentivados a refletir sobre o momento que estão vivendo. Trazendo a comparação entre uma pandemia e outra, os alunos são incentivados a expandir sua consciência histórica e notar quais são as rupturas e as permanências entre contextos do passado e situações do presente”, avalia o professor Eduardo Souza Cunha.