Segurança: as dúvidas sobre bloqueio veicular

Especialista do CESVI BRASIL explica características e riscos da tecnologia que bloqueia o funcionamento de um veículo roubado

No Brasil, quem tem carro tem medo. E quem transporta carga também. Para se ter uma ideia, quando o assunto é roubo de carga, nosso país ocupa a sétima posição mundial, segundo um ranking realizado pelo Reino Unido com 57 nações. Na América do Sul, segundo o BSI Supply Chain Services and Solutions, uma referência global em inteligência para a cadeia de suprimentos, respondemos por 90% das ocorrências.

“Quando o tema é roubo e furto de carro, o cenário também não é dos melhores”, afirma Denis Peres, especialista em sistemas de rastreamento e bloqueio do CESVI BRASIL. “No Estado de São Paulo, só nos últimos cinco anos, esses crimes ultrapassaram a marca de 1 milhão de casos.”

Por isso, proprietários de veículos e transportadoras buscam proteger seus patrimônios e produtos com as melhores tecnologias disponíveis do mercado. Uma das mais usadas é a que bloqueia o veículo quando ele está sendo usado pelos criminosos. Denis Peres responde a cinco dúvidas sobre os sistemas de bloqueio.

1) O que é o bloqueio veicular?

Recurso utilizado por motivos variados de segurança, o bloqueio veicular é uma forma de interromper ou impedir o funcionamento de um veículo. Essa ação pode ser feita por meio do motor de partida, caso o veículo esteja parado, ou pelo corte de combustível, caso esteja em movimento. Vale lembrar que, para haver eficácia, em veículos que contam com GNV (Gás Natural Veicular), o bloqueio deve ser feito nas duas fontes de combustível.

2) Para que serve?

O bloqueio é muito utilizado pelas empresas de monitoramento e rastreamento em algumas situações: quando o veículo não deve se movimentar até que haja um contato do motorista, para verificações do sensoriamento do veículo, situações de roubos, furtos, mudança de roteiro sem aviso prévio, além de outras ocasiões, dependendo da estratégia de cada empresa.

3) Quais são os tipos de bloqueio?

Para carros a combustão, há duas formas: pela ignição ou pela bomba de combustível. Cortar a ignição é a forma mais segura, porém menos eficaz. Se o carro já estiver ligado, ele permanecerá funcionando até a próxima partida. Atuando na bomba de combustível, a eficiência é melhor, o que não significa que não possam acontecer alguns problemas – que podem ser minimizados com relés de bloqueio progressivos.

4) O bloqueio pode trazer problemas à dirigibilidade?

Sim, o bloqueio feito pela atuação na bomba de combustível pode provocar dificuldades na frenagem e mudança de curso. Isso porque a bomba de vácuo do freio precisa do motor em funcionamento para operar, e a direção hidráulica também.

5) O bloqueio pela bomba de combustível pode provocar um acidente, se o motorista ficar sem combustível repentinamente?

Os bloqueios feitos pela bomba são mais seguros quando possuem boa tecnologia, que promove falhas espaçadas e graduais até sua parada total, e não uma parada súbita, como ocorre na pane seca. Isso possibilita que o motorista perceba o problema e encoste o veículo antes. A empresa de monitoramento deve ter um procedimento padrão para tal ação, considerando todas as variáveis possíveis: velocidade do veículo, local em que ele está e até a real necessidade de um bloqueio.

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