Tecnologia das pistas da Fórmula 1 nas garagens

Apaixonado por corrida e especialista em tecnologias disruptivas, Daniel Schnaider mostra algumas curiosidades dos recursos que foram parar nos carros de trabalhadores e pessoas comuns

Muitos não sabem, mas a tecnologia da Fórmula 1 mudou diversos comportamentos em relação aos automóveis, e proporcionou a segurança, economia e agilidade das pistas de corrida para os carros de trabalho e de passeio. Tantas inovações que hoje podem até parecer comuns, mas as pessoas nem imaginam, mas vieram de um dos esportes mais famosos do mundo.

Daniel Schnaider, CEO da Pointer by Powerfleet Brasil, líder mundial em soluções de IoT para redução de custo, prevenção de acidentes e roubos em frotas, além de trabalhar com uma dessas tecnologias, é um aficionado por F1, desde que seu pai resolveu ser o primeiro investidor do ícone Ayrton Senna.

Já imerso neste universo, Schnaider, especialista em tecnologias disruptivas, trouxe algumas curiosidades sobre todos esses avanços proporcionados pelas pistas.

– IoT (telemetria): a tecnologia, que veio das pistas da Formula 1, traz um feedback de como o esportista está pilotando e como o carro está em relação à mecânica. Hoje ela está intrinsicamente relacionada a gestão de frotas para salvar vidas, proporcionar uma direção responsável e reduzir custos além de permitir uma visão completa do veículo (manutenções, trocas de peças, prevenção de panes, acidentes e uma postura mais proativa diante dos riscos).

– Cambio semiautomático: o primeiro carro a utilizar foi uma Ferrari em 1989, com Nigel Mansell no volante, que levou o prêmio do GP do Brasil com a tecnologia. O recurso foi aprimorado e, no início, vendido nos carros de luxo.

– Fibra de carbono e alumínio: o peso dos carros atrapalhava a performance dos pilotos. A solução para esse problema tinha que ser segura e leve, então as fibras chegaram de vez. Atualmente são utilizadas em tetos, rodas ou capôs, deixando os veículos mais leves e econômicos.

– ABS: o freio é a segurança dos carros, indiscutivelmente. Eles não vieram exatamente da F1, mas sim da 24 Horas de Le Mans. Esse mecanismo não trava as rodas completamente, fazendo com que o carro não deslize.

– Retrovisores: primeiro, foi um espelho de bolso, utilizado pelo piloto Ray Harroun na primeira edição das 500 milhas de Indianápolis, em 1911. Depois foi desenvolvido e patenteado pelo engenheiro Elmer Berger.

– Motores Híbridos: uma mistura de eletricidade com combustão interna. Esse tipo de tecnologia proporciona um aproveitamento melhor do próprio motor e redução no custo do combustível.

Além dessas tecnologias, foram inventadas para as pistas: controle de tração, suspensão ativa, pneus resistentes e motorização eficiente com materiais de alta resistência, como alumínio e titânio.

 

Autor: Daniel Schnaider, CEO da Pointer By PowerFleet Brasil, líder mundial em soluções de IoT para redução de custo, prevenção de acidentes e roubos em frotas

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