Prejuízo ambiental causado pelos incêndios na região foi analisado por estudantes e levou à produção das ilustrações
Alunos do 5º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais do Colégio Marista Arquidiocesano, localizado em São Paulo (SP), em uma proposta interdisciplinar, partindo do componente Geografia, promoveram um levantamento das principais causas da degradação ambiental no planeta. A questão do lixo (e seu descarte), a degradação do solo, o desmatamento e a poluição atmosférica e das águas foram os principais temas observados pelo grupo, conduzido pela professora Debora Uemura Bunduky.
Essa discussão se tornou ainda mais significativa com a análise da atual situação do Pantanal. Com o objetivo de ampliar os estudos acerca dos problemas ambientais e promover um olhar atento ao contexto, a turma interpretou uma reportagem veiculada pela imprensa brasileira sobre os impactos diretos e indiretos nesse bioma, com ênfase nos prejuízos aos animais. “Enfatizamos que as causas dos danos à natureza são decorrentes da ação inadequada do homem”, esclarece a professora Debora Uemura.
Apenas em setembro deste ano, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), 14% da área do Pantanal foi queimada. O número já supera a área de todo o ano passado e é a maior devastação anual do território causada pelo fogo desde o início das medições, em 2002, pelo governo federal. A área atingida no ano de 2020 chega a quase 33 mil km².
A partir dessa conjuntura, associada aos conteúdos estudados na disciplina Português, foi proposta a criação de charges para apresentar, de maneira crítica, essa situação. O trabalho envolveu leitura, interpretação e muita criatividade para representar com criticidade a triste realidade das queimadas e os impactos por elas causados. As ilustrações produzidas pela turma também retrataram com lucidez a degradação da fauna e a presença destrutiva do homem nesse bioma.
“Os alunos compreenderam que a charge não é apenas um simples desenho. Ela promove uma reflexão crítica sobre o cotidiano, usando como bases fundamentais a ironia e a sátira”, afirma a docente.