A tendência para 2021 no mercado de seminovos

Especialista fala sobre as lições da pandemia para o mercado

A expressão lição pode carregar diferentes significados, mas um deles se mostrou mais relevante durante a pandemia de covid-19: o ensinamento obtido a partir de experiências vividas. Não há dúvidas de que o período que atravessamos impactou o poder público, a sociedade civil e a iniciativa privada, mas a questão é que, agora, não se trata mais de saber os efeitos de uma doença que já faz parte de nosso dia a dia, mas sim quais lições tiraremos disso tudo. O segmento dos veículos seminovos e usados soube assimilar isso como poucos, não só pela rápida recuperação econômica – com as vendas no mesmo patamar de 2019 em poucos meses -, mas pelos ensinamentos que se tornaram tendências para o próximo ano.

Nesse aspecto, podemos listar os cinco mais importantes. São eles:

1 – A Digitalização veio para ficar

Quando o novo coronavírus chegou com força no Brasil, não restou alternativa às revendedoras senão suspenderem a operação devido às medidas de distanciamento social. O fechamento da loja física, contudo, não significa fechamento do negócio em si. Lojistas que já atuavam em canais digitais conseguiram reduzir o prejuízo ao intensificarem o trabalho efetuado em diferentes ferramentas, como site, plataformas on-line e até mesmo aplicativos de mensagens. Já aqueles que não adotaram essa tática ficaram para trás e demoraram para se recuperar no mercado.

2 –  Fique de olho em oportunidades de novos negócios

Uma das principais consequências da pandemia de covid-19 foi a desaceleração econômica. A grande maioria dos países viu seus indicadores recuarem. Quando isso ocorre, é comum empresários segurarem investimentos para não correrem riscos. A questão é que, para o mercado de veículos seminovos e usados, os primeiros meses da pandemia se revelaram fundamentais na estratégia de negócio. Os lojistas que conseguiram reforçar o estoque de automóveis puderam realizar ótimos negócios com o aquecimento do setor a partir do segundo semestre de 2020.

3 – Carros individuais estarão em alta 

No período pré-pandemia, era comum encontrar profissionais que decretavam a queda do mercado automotivo em relação a outras formas de mobilidade, como transporte público e carros compartilhados via aplicativo. O novo coronavírus, contudo, recolocou os automóveis na prioridade das estratégias de mobilidade nos grandes centros. O motivo é bem simples: a necessidade de garantir o isolamento social e prevenir o contágio da doença. Pegar trem, metrô ou ônibus com outras pessoas não é uma tática recomendada. Assim, estimativas mostram aumento no interesse dos usuários em comprar um veículo próprio para se locomover pela cidade.

4 – Experiência do cliente em primeiro lugar

A venda de seminovos e usados está em alta, e nem mesmo os preços mais caros nas revendas estão afastando os compradores interessados. Há diferentes fatores que explicam isso, mas um em especial se destaca: a experiência do consumidor. O preço segue importante, sem dúvida,, mas o motorista não acha ruim pagar um valor que seja considerado justo. Muitos lojistas souberam explorar muito bem essa questão durante a pandemia, buscando se relacionar com o cliente para fidelizá-lo quando o mercado voltasse a abrir.

5 – Apoio da tecnologia

A digitalização citada no primeiro tópico não deve se restringir apenas à equipe de vendas. Hoje, há inúmeras soluções tecnológicas que, quando bem utilizadas, potencializam o negócio dos revendedores de veículos seminovos e usados. Isso inclui desde softwares de gestão financeira, ideais para qualquer segmento, até plataformas de intermediação que possibilitam o lojista a comprar carros de motoristas espalhados pelo Brasil com preços vantajosos para ambas as partes.

Autora: Luca Cafici é CEO da InstaCarro, plataforma que realiza a intermediação na venda de veículos

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