A área da saúde vem passando por mudanças significativas com a transformação digital. A tecnologia está presente em qualquer estabelecimento do setor, desde laboratórios até os grandes hospitais de referência. A ideia é complementar e otimizar o trabalho das equipes. É neste contexto que surge a automação laboratorial.
Nos processos de análises clínicas, as ferramentas e soluções tecnológicas também cumprem o importante papel de trazer mais eficiência e qualidade para as atividades, além de manter a pureza na fabricação de seus produtos. No atual cenário pandêmico, o grau de pureza dos consumíveis para o diagnóstico por diagnóstico por biologia molecular do SARS-Cov-2, técnica denominada PCR em tempo real, deve garantir que esse material seja livre de algumas enzimas e de DNA humano.
“A vantagem da automação laboratorial é garantir segurança, já que muitas vezes com a sua utilização, o usuário não manipula a amostra clínica, além de garantir mais precisão e exatidão evitando a interferência humana, onde diferentes pessoas podem manipular amostras de maneiras diferentes”, avalia Samuel Pereira, especialista de aplicação de automação da Eppendorf, empresa alemã de biotecnologia com foco em Life Science.
É importante ressaltar que a automação laboratorial garante produtividade e escalonamento de processos , reduzindo o tempo para entrega de resultados. Além disso, o analista do laboratório usa seu tempo para analisar laudos e melhorar os processos com esse ganho na produção. A Eppendorf, enquanto fornecedora de equipamentos, disponibiliza robôs de pipetagem, onde a automação utilizada é essencial por exemplo, em etapas processuais de manipulação de líquidos dentro do laboratório, seja através da amostra de swab nasal para detecção do vírus por RT-qPCR ou para análise de linhagens virais e mutações por sequenciamento ou seja, para teste do soro em testes imunológicos para busca de anticorpos.
Ainda sobre a utilização de equipamentos da Eppendorf para testagens, o especialista afirma, “para a detecção do vírus por RT-qPCR na etapa de extração do vírus, com a automação é possível processar uma placa de 96 amostras em 120 minutos. Já na etapa de montagem de reação de qPCR, é possível montar uma placa de 96 poços com até 94 amostras em 30 minutos apenas, dependendo do protocolo. Já para os mesmos processos, a montagem de reações de forma manual pode demorar o dobro do tempo, além de induzir a erros, promover esgotamento do usuário e causar lesão por esforço repetitivo”.