Conheça os mitos na troca de óleo do motor

Especialista aborda os principais mitos e cuidados que devem ser tomados na hora de realizar a troca do óleo de motor dos veículos

Poucos motoristas sabem, mas, depois do combustível, o lubrificante é o produto mais utilizado em veículos automotores. Sua importância é fundamental para o funcionamento e para a vida útil dos componentes, evitando o atrito entre as peças e consequentemente, o desgaste delas. Com o lubrificante, as peças trabalham em perfeita harmonia no deslocamento dos veículos. Neste contexto, podemos entender a importância da manutenção correta dos lubrificantes veiculares para garantir a saúde e prolongar a vida útil do automóvel, principalmente em relação à troca de óleo de motor.

É comum ouvirmos, no dia a dia, diferentes informações referentes à troca de óleo dos automóveis. Mas, o que nem todos sabem é que parte destas informações não são necessariamente verdadeiras e podem, inclusive, prejudicar o desempenho do veículo ou até mesmo deteriorar parte dos componentes. Neste sentido, vamos desvendar os “mitos” da troca de óleo e os principais cuidados que devem ser tomados acerca do tema.

Os cinco principais mitos sobre a troca de óleo do motor

O mito mais comum é o famoso “viscosímetro humano”, o hábito de puxar a vareta do óleo e com os dedos identificar a qualidade do lubrificante e o período de troca. Nenhum mecânico ou aplicador, por mais conhecimento que tenha, consegue identificar a qualidade do fluido. Isto só é possível com análise em laboratório. O que é possível, e indicado, é verificar o nível de óleo existente no reservatório.

Outra questão é com relação ao fato do óleo com viscosidade baixa não proteger o motor, quanto mais denso, melhor. Isto é um Mito! A partida a frio é um dos momentos mais críticos no funcionamento do motor. Isto porque, até que o lubrificante irrigue todo sistema de lubrificação, o motor chega a funcionar sem a película de proteção criada pelo óleo. Por este motivo, os engenheiros desenvolveram novas tecnologias que permitem que os produtos com baixa viscosidade protejam o motor de maneira eficiente. Desta forma, o desgaste durante as partidas a frio é drasticamente reduzido.

Outro hábito comum entre os clientes é utilizar a coloração dos fluidos para que seja identificado o lubrificante correto. Esta prática é utilizada na linha de montagem das indústrias para evitar a troca na hora da aplicação do primeiro enchimento. Para os produtos de reposição isso não ocorre. Os principais fabricantes formulam os produtos seguindo a aditivação necessária para atender as especificações e homologações para cada aplicação.

Nesta mesma linha, um dos principais boatos sobre o óleo de motor é a inclusão de aditivos para melhorar a performance e a proteção do sistema. Os fabricantes mais conceituados como a FUCHS, por exemplo, investem milhões no desenvolvimento de produtos Premium para atender e superar as necessidades das recomendações dos fabricantes. A utilização de algo a mais nos lubrificantes, além de não fazer diferença, pode comprometer a composição química do lubrificante homologado e gerar problemas para o funcionamento do veículo.

Por último, e não menos importante, o marketing utilizado pelo mercado de reposição é muito forte e, com isto, ocorre a introdução de produtos que prometem facilitar a vida do reparador e baratear a manutenção dos veículos. O Flushing é um produto utilizado no lugar do fluido que promete limpar o sistema sem a necessidade de desmontá-lo.

Neste caso, o mito não é sobre a limpeza do motor. Sem dúvidas a utilização do produto realiza esta tarefa. O problema maior refere-se ao estrago deixado por ele. Por tratar-se de um solvente, mesmo após o esgotamento, ficam resíduos no motor, ou transmissão, que comprometem os retentores, orings de vedação, sensores, válvulas, bem como outros componentes.

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