Espetáculo “Maré” chega ao Festival Acessibilidança

Exibida em vídeo com audiodescrição e Libras, montagem é um dos 25 projetos contemplados em edital da Funarte
A Fundação Nacional de Artes apresenta, na próxima quarta-feira, dia 11 de agosto, às 20h, o espetáculo Maré – Versão virtual e acessível, do Rio Grande do Norte. A obra coreográfica do Coletivo Independente Dependente de Artistas (CIDA) integra o Festival Funarte Acessibilidança. A montagem é uma metáfora dançada sobre os diversos níveis e intensidades do amor e traz, ainda, questões sobre gênero, raça, alteridade, capacitismo e violência. A exibição em vídeo, gratuita e com audiodescrição e Libras, será realizada no canal da Funarte no YouTube. O público pode conferir os lançamentos e montagens disponíveis em: bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca.

Maré é um dos 25 projetos contemplados pelo Prêmio Festival Funarte Acessibilidança Virtual 2020, que serão apresentados até outubro. A terceira fase da programação traz sete espetáculos da Região Nordeste. Estado de Apneia, do Rio Grande do Norte, e Ensaio sobre o Silêncio, de Pernambuco, já estão na plataforma de vídeos. A agenda continua no dia 18, com o espetáculo Rio sem Margem, da Bahia; e, no dia 25, com Plenitude, do Piauí. Em setembro, entram em cartaz: Ah, se eu fosse Marilyn!, da Bahia, no dia 1º; e Proibindo Elefantes, do Rio Grande do Norte, no dia 8. O festival teve início em junho, com espetáculos da Região Norte. No mês de julho, foi a vez da Região Sul mostrar os seus talentos.

O espetáculo Maré – Versão virtual e acessível foi criado em 2017 e remontado em 2021, como uma obra audiovisual em dança com recursos de acessibilidade. Desde seu início, Maré já teve diferentes roupagens e formatos: solo, dueto, intervenção urbana, versão compartilhada e, agora, a versão virtual e acessível. “Acreditamos na acessibilidade enquanto viés criativo, enquanto via de acesso, enquanto obrigação mínima para/com/da sociedade. Somos, assumidamente, um núcleo artístico formado por pessoas com e sem deficiências, e, por isso, a acessibilidade é algo intrínseco em nosso trabalho”, ressalta o coletivo.

Além de interpretação em Libras, o espetáculo conta com um trabalho de audiodescrição pensado especialmente para ele, como uma espécie de poema. “Acho que, com isso, a gente conseguiu criar uma camada a mais para o público vidente e não vidente, de uma nova construção em dança”, aposta o coreógrafo e diretor René Loui, que acrescenta: “Sempre fomos um núcleo que pesquisa a diversidade dos corpos. Para a gente, acessibilidade e inclusão sempre estão juntas”. René Loui divide as funções de direção e coreografia com a bailarina Rozeane Oliveira, além de contar com a participação ativa de todo coletivo no processo de criação.

Tomado pelas sensações e possibilidades provocadas pelo momento atual, o CIDA compôs o espetáculo com imagens da performance registradas no palco tradicional e imagens gravadas em frente ao mar. A proposta de mesclar os dois ambientes buscou apontar o que eles representam hoje: a vontade de ir para as ruas e a de voltar aos palcos. Pensada inicialmente para os palcos presenciais, a obra ganhou uma nova produção, voltada para o audiovisual. “Com a chegada da pandemia, tivemos que repensar o nosso modo de trabalho. A gente não tinha intimidade com o audiovisual, mas acabamos nos aproximando de pessoas da área e estamos agora trabalhando juntos neste novo modo de pensar a dança”, explica René Loui.

Festival Funarte Acessibilidança
Acesso gratuito, no canal: bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca

Com audiodescrição e Libras

Espetáculo Maré – Versão virtual e acessível, do Coletivo CIDA (Rio Grande do Norte)
Dia 11 de agosto, quarta-feira, às 20h

Ficha técnica:

Coreografia e direção: René Loui e Rozeane Oliveira / Artistas convidados: Álvaro Dantas, Jania Santos e Marconi Araujo / Coordenação geral e produção executiva: René Loui e Arthur Moura / Produção convidada: Arlindo Bezerra, da BOBOX Produções / Direção de vídeo e captação: Gustavo Guedes e João Augusto, da Ilha Deserta Filmes/ Imagens aéreas: Paulo Barroca, da Barroca Box/ Trilha original e sonorização: Paulo de Oliveira, do Studio Promidia / Fragmento musical utilizado: Emune; She Didn’t Even Say Bye; Interstreet Recordings, e Audiam (Publishing) / Roteiro, tradução e interpretação de Libras: Brígida Paiva / Roteiro de audiodescrição: Thiago Cerejeira e Mayara Barreto / Audiodescritor consultor: Thiago Cerejeira / Locução de audiodescrição: Gessyka Santos / Mixagem de audiodescrição: René Loui e Gonzaga Neto / Webdesigner e identidade Visual: René Loui / Imagens de divulgação: Brunno Martins / Designer de iluminação: Priscila Araújo / Operadora de iluminação: Leila Bezerra / Figurino: René Loui e Rozeane Oliveira / Elaboração de projeto: René Loui e Arthur Moura / Realização: Coletivo Independente Dependente de Artistas

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