Em tempos de supervalorização do carro é preciso balizar o preço com pesquisa
Vender o carro hoje em dia é muito mais fácil do que antigamente, onde era vital ter um “mecânico de confiança” ou alguém que entendia do assunto por perto. Por outro lado, nem todo mundo sabe quanto pedir pelo carro na hora de vender.
Alguns levam a um concessionário ou lojista, e outros até vendem nestes aplicativos e sistemas que prometem “propostas e compra em até 24h”. Só que na realidade, nestes dois casos, o cliente perde muito dinheiro. Como vender bem e quanto pedir pelo carro usado? O Feirão AutoShow, com quase 50 anos de experiência em eventos automotivos explica com cinco dicas fundamentais:
1- PESQUISE QUANTO VALE O CARRO
Analisar o indicador de valor de TABELA é o primeiro passo: existem 2 boas fontes: FIPE, que já é mais usual, e KBB, nova tabela de preços que tem o valor real conforme a base de negociação daquela marca e modelo dentro da realidade porque contempla alguns fatores importantes: quilometragem, estado do veículo, e a versão. Na tabela KBB, há três padrões de preços: venda entre particulares, venda para revendedor ou venda para troca é uma loja ou concessionária.
2- VERIFIQUE NOS SITES DE CLASSIFICADOS SE O VALOR CORRESPONDE A REALIDADE
Procurar nos portais de classificados para saber quais os valores estão sendo praticados no mercado para carros em iguais condições do veículo em questão é fundamental. Dica bônus: use como um dos filtros mais importantes; “veículo de particular”. E por que ele é importante? Muitos revendedores anunciam nos portais, sendo que em média 60% a 70% dos anúncios são de revendas e concessionárias. Essas empresas possuem custos altíssimos para preparar, regulamentar o carro, pagamento de impostos e comissões dos vendedores, além do custo de divulgação e da garantia obrigatória. Com isso, os valores das lonas tendem a ser mais altos que os anunciados por particulares que vão vender sem garantia.
3- ESTADO DE CONSERVAÇÃO CARRO
Ao avaliar seu carro, se coloque sempre no lugar do comprador. O que você gostaria de encontrar quando for ver um veículo para comprar? Se seu carro possuir algum detalhe, amassados, ralados, pneus ruins, barulhos, etc, procure ser transparente no anúncio. Não omita, pois para todo carro existe um interessado. Em caso de possuir algum ponto de observação leve em consideração no valor que terá que ser gasto no reparo e faça o abatimento no anúncio. Lembre que hoje com o laudo cautelar, o futuro comprador consegue descobrir vícios ocultos, histórico de leilão ou qualquer restrição do carro. Seja sempre transparente e detalhe seus anúncios sejam pela internet, seja nos feirões.
4- QUILOMETRAGEM
Quanto o carro rodou é muito importante ser levado em consideração também. Hoje em dia um carro é considerado Seminovo se rodou até no máximo de 12.000km a 15.000km ano. Carros acima dessa quilometragem rodada por ano tendem a valer menos, pois os desgastes dos componentes foi maior e assim o custo de manutenção também será mais elevado.
5- DOCUMENTAÇÃO DE PROCEDÊNCIA
Sempre descreva os documentos de procedência como nota fiscal de compra, comprovante das revisões feitas incluindo a data dos serviços e o local especialmente se for em uma concessionária. Veículos com tudo em ordem, com comprovação de procedência e manutenção em dia, são sempre mais valorizados, pois minimizam a desconfiança no momento da negociação e asseguram o comprador de que ele poderá ter um veículo com baixo risco de problemas mecânicos.
Para garantir ainda mais o carro anunciado, Leandro Ferrari – Gerente comercial do AutoShow, recomenda previamente já fazer o laudo cautelar – ele pode ser feito em postos de vistoria ou até mesmo em um feirão – com emissão na hora o que deixará os futuros interessados mais tranquilos antes de fechar negócio. “Dentro do Feirão orientamos quem quer vender o carro para chegar ao preço certo com transparência e balizado em informações sobre a marca, modelo, versão e tipo de uso do veículo que determina seu estado de conservação”, explica o especialista.