Como a rede 5G vai influenciar na conectividade dos autos

Mais conveniência, segurança, interação, flexibilidade para usuários de carros conectados, trazendo facilidades no dia a dia, como indicar o posto de gasolina mais otimizado e avisar se a bateria é suficiente para o trajeto, são alguns dos inúmeros serviços que podem ser oferecidos

A conectividade trouxe inúmeras vantagens para o dia a dia das pessoas, inclusive, para os veículos. Mas, ainda há muitos desafios a serem superados na transição da internet 4G para a 5G. “A rede 5G permitirá que o veículo fique  cada vez mais conectado trazendo mais conveniência aos usuários ao propor, por exemplo, posto de gasolina mais otimizado ou se a bateria é suficiente para o trajeto; permitirá melhor navegação, indicando melhor rota para não se atrasar ao compromisso; mais segurança com maior conexão com outros automóveis e infraestrutura; possibilidade de reparo remoto; mais flexibilidade sugerindo compartilhamento do veículo; melhor interação com redes sociais e irá gerar grande volume de dados para comercialização sobre a usabilidade, preferências e localização”, explicou Lucas Chamon, gerente sênior para área de Amplificadores de Audio Automotivos na Harman International em Novi, Michigan, quando apresentou, no dia 10 de fevereiro, o tema “Conectividade dos veículos em tempos de 5G”, no “Abra Talks”, evento virtual mensal da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais, que conta com o patrocínio do Grupo Supply Service.

Em sua apresentação, Chamon alertou para os inúmeros desafios para serem superados, como em segurança de informações confidenciais transmitidas no ambiente conectado, criar plataforma com elevada performance, alta confiabilidade a prova de falhas, escalabilidade e flexibilidade; bem como possuir tecnologia capaz de gerenciar e interpretar o alto volume de dados; e plataforma de integração eficiente. “Ocorrerá uma explosão de dados de veículos autônomos”, ressaltou o gerente, citando que 1 milhão de carros autônomos geram cerca de 1 Zettabyte por ano de dados.

Ainda segundo Lucas, existem algumas diferenças entre o 4G e 5G, entre elas, a latência no 4G é de 10 ms, enquanto no 5G, menor que 1 ms;  já o trafego de dados passa de 7.2 EB/month 50 EB/month; a densidade de conexão de 100 k conexões/ km³ para 1M conexões/km³ e o espectro disponível de 3 GHz para 30 GHz. Mas, para alcançar a rede 5G precisará vencer os problemas de implementação e arquitetura de rede complexa, bem como haverá demanda de testes de rede e maior número de dispositivos 5G.

O “Abra Talks” contou com três palestras. O engenheiro Henrique Martins Neto iniciou com o tema “Sistemas de filtração como pré-tratamento em sistema de desmineralização de água industrial”. Em seguida, o Prof. Dr. Renato Pereira Ribeiro, pesquisador e coordenador do Centro Experimental de Monitoramento e Mitigação Ambiental (CEMMA) do IFRJ, ministrou a palestra “Liberação de gases do efeito estufa em estações de tratamento de esgotos”, e Lucas Chamon, gerente sênior para área de Amplificadores de Audio Automotivos na Harman International em Novi, Michigan, finalizou.

De acordo com o presidente da Abrafiltros, João Moura “a evolução tecnológica no setor automotivo já uma realidade e a conectividade tem acelerado ainda mais estes avanços. Que toda essa capacidade de transformação seja utilizada de forma positiva, pois quem ganha é a sociedade como um todo”.

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