Na 8ª edição da certificação Selo Maior Valor de Revenda – Veículos Comerciais, o caminhão semipesado Mercedes-Benz Atego 2426 6×2 e a camioneta de carga Kia Bongo K2500 levam o título de campeão geral, respectivamente nas categorias “Caminhões” e “Utilitários de carga”
Com índices positivos de 50,9% e 48,9%, após três anos de uso, o Mercedes-Benz Atego 2426 6×2 e o Kia Bongo K2500 obtiveram as melhores avaliações, respectivamente, nas categorias Caminhões e Utilitários de Carga, na 8ª edição do Selo Maior Valor de Revenda – Veículos Comerciais, da Agência AutoInforme.
“Ainda por conta das consequências nefastas da pandemia por Covid-19 e falta de semicondutores, o setor de caminhões e utilitários não voltou à normalidade de produção. De outra parte, a demanda está superaquecida. Com isso, os compradores recorreram aos seminovos, o que explica a supervalorização desses veículos, mesmo depois de três anos de uso”, explica Joel Leite, diretor da Agência AutoInforme.
Outros sete modelos foram contemplados pelo Selo Maior Valor de Revenda– Veículos Comerciais 2022. Na categoria Utilitários, além do Kia Bongo K2500 (camioneta de carga e campeão geral +48,9%), venceram o Renault Master Furgão (furgão de carga +39,8%), Fiat Fiorino Furgão (furgoneta de carga +22%) e o Mercedes-Benz Sprinter Van 415 (minibus +22,3%). No grupo Caminhões, o Volkswagen Delivery Express (semileve +49,5%), o Mercedes-Benz Accelo 1016 (leve +44,4%), o Volkswagen 11-180 Delivery (médio +50,4%), o Scania R-450 A 4×2 (pesado +31,9%) e o próprio Mercedes-Benz Atego 2426 6×2 (caminhão semipesado e campeão geral +50,9%).
Em oito edições do SMVR-VC, de 2015 a 2022, a Mercedes-Benz venceu em 25 categorias entre Utilitários e Caminhões. Em sete oportunidades, a marca alemã cravou o título de “Campeão Geral”. Na sequência, a Volkswagen faturou em nove categorias e dois com o título máximo, a Renault, em seis categorias e dois com título de “Campeão Geral” e a Hyundai em quatro oportunidades e três melhores colocações em Utilitários. Depois de vencer na categoria “camioneta de carga”, em 2021, a Kia Brasil chegou a campeão geral este ano. Fiat, Ford, Iveco, Scania e Volvo também venceram nas categorias, mas não anotaram o maior valor de revenda na classificação geral de Utilitários ou de Caminhões.
Na avaliação de Luiz Cipolli Junior, responsável pelo estudo, “os resultados obtidos pela Mercedes-Benz, nos últimos oito anos da certificação, demostraram claramente o reconhecimento do mercado, por meio da qualidade do produto em sim, mas em especial pelos serviços de pós-venda oferecidos pela montadora alemã. Assim, como os demais índices mostram a prioridade que as empresas oferecem aos veículos de trabalho”.
Embora o estudo de depreciação seja desenvolvido há mais vinte anos, é pela oitava vez que a AutoInforme faz a premiação do setor de utilitários de carga e caminhões, com o objetivo de estimular montadoras e importadoras a valorizar seus próprios produtos e, por consequência, preservar os investimentos de caminhoneiros autônomos e frotistas.
Para formar o índice de depreciação ou, desta vez, de valorização, foram considerados os preços médios dos veículos zero quilômetro praticados em maio de 2019 e seus modelos correspondentes com três anos de uso, ou seja em maio de 2022, geralmente prazo médio de substituição para fins de renovação de frota.
Outro critério mantido foi subdividir os veículos em dois grupos, utilitários de carga – com quatro categorias – e caminhões – com outras cinco. A partir desse modelo, analisamos 139 modelos, dos quais 113 de caminhões e 26 de utilitários. Desse total, este ano, 23 modelos obtiveram índices positivos e 179 índices de depreciação muito abaixo da média dos anos anteriores.
“A depreciação veicular, ou hoje a valorização, depende de vários fatores: do tamanho do veículo, da marca, da rede de revendedores, do cuidado que a marca tem em relação ao pós-vendas, ao segmento, a origem, ao fato de ter grande volume de venda, à sua aceitação no mercado. Assim, nossa expectativa é que a certificação possa servir de balizador, para uso de fabricantes e distribuidores de veículos, administradores e proprietários de frotas, bancos, financeiras e seguradoras”, finaliza Leite.