Saber informações técnicas pode trazer um menor consumo de combustível para seu veículo, bem como muito mais segurança a bordo
Para um usuário menos atento, o pneu de um carro contém, basicamente, uma borracha preta com o nome do fabricante e alguns números. Mas para quem já teve a curiosidade de ver de perto algum modelo, já percebeu que há muita coisa grafada em sua lateral.
Existe uma série de números e códigos que, talvez, até o mais aficionado por carro nem saiba. Eles trazem muitas informações importantes e a Pirelli te ajuda a ler corretamente o que cada detalhe de um pneu tem a dizer. E isso inclui até ter um carro mais econômico e seguro, por exemplo quando o cliente escolhe um pneu que seja o ideal para seu veículo ao invés de um modelo de dimensões equivocadas.
“É extremamente importante o usuário de um carro saber ler o pneu de forma correta. Isso irá trazer muito mais segurança na hora de escolher um produto para o seu carro, pois há muita informação valiosa inserida na lateral do pneu. A boa escolha de um modelo poderá trazer economia de combustível, maior conforto e, principalmente, maior segurança para os ocupantes”, disse Roberto Falkenstein, consultor da área de tecnologias inovativas da Pirelli.
Se ainda ficar alguma dúvida com relação aos pneus que estão no seu veículo, é só ir a uma das centenas de lojas Pirelli Perfomance Center espalhadas por todo o Brasil que um técnico treinado e capacitado irá sanar todas as dúvidas.
Confira:
1. Modelo do pneu
Nome fantasia atribuído ao pneu pelo fabricante. Exemplos Pirelli: pneus modelos Cinturato P1, Cinturato P7, Scorpion ATR, Chrono e P Zero, entre outros.
Cada modelo de pneu é diferente em termos de prestações, por tal motivo, mesmo que tenham a mesma aparência e tamanho, não misture no mesmo eixo do carro dois modelos diferentes. Exemplo: Jamais monte no mesmo eixo um Cinturato P1 e um Cinturato P7. Isto pode trazer um desequilíbrio na suspensão do carro que pode comprometer no caso de uma manobra de emergência.
2. Dados da estrutura do pneu que fornecem informações da composição e estrutura do produto
Plies = camadas de lonas
Sidewall = flanco (lateral) do pneu
Tread = banda de rodagem
Polyester = poliéster
Steel = aço
Nylon = náilon
3. Site
4. Medidas do Pneu
Características de dimensão e construção
Exemplo: 205/55 R16.
4. 205: Largura da seção (largura do pneu novo, montado no aro e inflado à pressão indicada, em milímetros)
Lembrete: você pode sempre colocar um pneu mais largo, isto normalmente propicia mais aderência em curvas. Mas esta largura não pode exceder a carenagem do veículo e isso é passível de multa.
5. 55: Série técnica: relação entre a altura (H) e largura da secção (S) em percentual.
Se for trocada a roda por uma maior, colocando os pneus chamados rebaixados, esta serie técnica diminui. Mas não esqueça que, nestes casos, o diâmetro externo do pneu deve ser o mesmo, senão pode “falsear” toda a instrumentação do carro, a começar pelo velocímetro e, por consequência, risco de multa pois o velocímetro indica uma velocidade e está em outra. Além disso, diminuir o diâmetro pode fazer raspar em valetas e lombadas, enquanto que aumentar o diâmetro pode tornar o carro mais instável por ficar mais alto.
6. R: Indica pneu com estrutura Radial
A estrutura de um pneu pode ser Radial ou Diagonal.
A estrutura diagonal é a mais antiga e significa que a carcaça do pneu é constituída de lonas cruzadas uma em relação à outra.
A estrutura radial representa uma evolução construtiva e é a estrutura dos pneus atuais.
Se o carro não é de coleção, use somente pneus radiais. Estes veículos dos últimos 35 anos forem feitos para usar pneus com essa tecnologia. Somente carros mais antigos poderiam usar pneu diagonais.
7. Diâmetro do aro em polegadas. Acompanha sempre a medida da roda
A Pirelli, por exemplo, dispõe no Brasil de pneus para automóveis passeio, utilitários esportivos e picapes que vão desde o aro de 13 a 23 polegadas.
As mais comuns no mercado brasileiro são as medidas de aro até 17”. De 18” para cima normalmente equipam veículos do segmento Premium e Prestige.
8. Índice de carga/código de velocidade
Exemplo: 94 = 670kg e V = 240km/h
O índice de carga refere-se a carga máxima que o pneu suporta (considerando estrutura do carro, ocupantes e bagagem/carga). Estes índices são códigos numéricos que vão de 0 a 279, correspondendo cada um a uma carga máxima x, em kg. É uma marcação reconhecida mundialmente. Os pneus para carros populares, normalmente, possuem índice em torno de 82 (475 kg), enquanto um pneu para carro de luxo de alta potência possui índices mais altos, em torno de 91 (615 kg). A tabela completa normalmente está disponível nos sites dos fabricantes de pneus e no manual de orientação e garantia dos produtos.
Colocar o pneu correto no veículo é de suma importância. Você não precisa saber quantos quilos significa os números, mas se o pneu do seu carro é, por exemplo, 91, troque por outros com o mesmo número. Não compre uma versão mais barata que tenha o número 89 ou mesmo uma versão que seja 93. O número menor significa que aguenta uma carga menor e pode gastar rapidamente e até arrebentar antes da hora. O número maior pode ser mais reforçado e piorar o conforto ou a estabilidade do veículo.
O código de velocidade indica a velocidade máxima a que este pneu pode ser submetido. O código é representado por letras e indicam velocidades de 50km/h a 300km/h. Os pneus para carros de baixa potência por exemplo, trazem a letra T (190km/h) enquanto pneus para carros de altíssima potência podem trazer o código Y (300km/h).
Embora o código indique a velocidade máxima, ele também representa a esportividade do pneu em conjunto com o projeto/suspensão do veículo e a motorização que tem. Se o pneu for H (240 Km/h), mesmo que você saiba que nunca vai chegar nesta velocidade, não use pneus com letras de velocidades menores pois, em uma inesperada manobra de emergência, mesmo que em baixas velocidades, o veículo pode não corresponder e não estar sob controle em um momento tão precioso.
9. Lado da Montagem, sentido de rotação
Pneus assimétricos possuem lado correto para ser montado no veículo. Isso acontece, pois, o produto foi desenvolvido para entregar o melhor desempenho possível ao veículo, especialmente em piso molhado, melhorando o escoamento da água e garantindo máxima segurança. O sentido de rotação é o mesmo princípio. Caso esta indicação não exista, o pneu pode ser montado de qualquer lado na roda.
10. Indicação de pneus sem câmara (Tubeless) ou com câmara (Tubetype)
Os pneus sem câmara têm, no interno, uma camada de borracha, chamada “liner” e que garante a retenção do ar. Estes pneus são montados em aros apropriados e utilizam válvulas especiais. A maior vantagem sobre pneus com câmara são montagem e desmontagem mais simples, além de resistência maior a perfurações.
Não monte pneus sem câmara em veículos que possuem rodas para pneus com câmara. Eles vão perder mais ar e isto, além de fazer gastar mais combustível, pode prejudicar o seu funcionamento, durabilidade e resistência. Assim como pneus com câmara não vão funcionar a contento mesmo que os aros sejam para pneus sem câmara, eles não possuem esta camada de retenção do ar como descrito acima e irão perder mais pressão ao longo dos dias.
11. Data de fabricação, semana e ano (Matrícula DOT – Department of Transportation)
É formada por códigos em quatro posições (Brasil) que identificam a procedência exata do pneu: sigla DOT; código de unidade produtiva; código da medida do pneu; período de fabricação (semana e ano). Estas indicações facilitam o rastreamento dos produtos em caso de segurança e eventual recall.
Pneu não possui data de validade. Se bem conservados (sempre com pressão correta, sem sobrepeso, sem ser submetido a arrancadas ou frenagens bruscas, sem pancadas fortes etc.), podem durar bons anos. O recomendado é que se façam inspeção periódica nos pneus, principalmente se acima dos cinco anos após a data de fabricação (conforme explicado acima). Qualquer aparecimento de bolhas, rachaduras, desgaste localizado ou outras anomalias, pode significar necessidade de trocá-los ainda que não totalmente gastos. Procure um técnico em uma Pirelli Performance Center para isso.
12. Marcações especial do Eco Impact
Mostra os diferenciais do produto em relação aos conceitos de sustentabilidade.
Essas são marcações comerciais que indicam ser um produto produzido de modo a reduzir o impacto no meio ambiente, gerando menor poluição e usando matérias primas renováveis ou reaproveitáveis. É uma forma de ajudar o meio ambiente e reduzir o impacto no clima. Sempre vale a pena consumir produtos que são mais sustentáveis.