Com a evidência de procura acentuada por SUVs (Veículo Utilitário Esporte, na tradução livre da sigla) no mercado brasileiro, que reflete o que ocorre também na maioria dos países, nenhum fabricante pode descuidar deste produto. A Renault foi a primeira marca a desafiar o Ford EcoSport (lançado em fevereiro de 2003) no segmento dos compactos com o Duster, que estreou em outubro de 2011, mais de oito anos depois. Naquela época esse tipo de modelo ainda não atraía como hoje, quando qualquer fabricante oferece compulsoriamente uma ou mais opções nesta categoria.
A marca francesa aposta na renovação do atual Duster que inclui a estreia da nova arquitetura CMF-B, no Brasil, afastando-se assim da linha Dacia, sua subsidiária romena. A Renault acaba de anunciar que a produção de pré-série já começou na fábrica de São José dos Pinhais (PR). O novo modelo, que ainda não teve o nome revelado, marcará também o início de produção do motor 1-litro turbo flex no mesmo local. Já é indicativo de preço competitivo por aproveitar a alíquota menor de IPI para esta cilindrada específica. Segundo o site Autossegredos, haverá câmbio automático de duas embreagens e não o tradicional CVT de relações continuamente variáveis.
A estratégia de lançamento inclui uma apresentação estática na metade do próximo semestre e o início das vendas no primeiro trimestre de 2024, seguindo o que vem sendo feito pela indústria ultimamente. O programa de investimento de R$ 2 bilhões até 2025 inclui ainda um outro lançamento, provavelmente do porte do Captur, que pode oferecer versões de cinco e sete lugares.
Há também planos para a nova picape Oroch, igualmente criada a partir da arquitetura CMF-B. Notícias vindas da Argentina indicam que este produto mudaria de fábrica e país, passando a ser produzido lá a exemplo da picape média Alaskan, baseada na Nissan Frontier. Apesar de o ministro de Produção do país vizinho, José de Mendiguren, ter afirmado que estava tudo decidido, a Renault não confirmou qual país foi escolhido.
Aumento de etanol para 30% na gasolina exige testes extras
Por enquanto, há apenas a intenção de aumentar a adição de etanol anidro (teor de água de apenas 0,4%) de 27% para 30%. Segundo o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, “o aumento do teor de etanol vai contribuir para a segurança energética do nosso país, com a redução das importações de gasolina e para a transição energética, pela redução das emissões de gases do efeito estufa”. Na realidade 3% a mais de etanol não fará quase nenhuma diferença em termos de segurança energética, embora traga pequeno ganho nas emissões de CO2.
Mas o ministro foi prudente ao afirmar que haverá avaliação técnica junto com a indústria automobilística. Na realidade em torno de 85% da frota brasileira rodante já têm motores flex adequados a qualquer percentual de etanol. O restante se divide entre diesel e gasolina, podendo afetar motores mais antigos e de importados que precisam ser considerados. Não há prazo para a mudança.
Pesquisa do combustível E30 (70% de gasolina e 30% de etanol) já existe desde 2021, nos EUA, pela Universidade Nebraska-Lincoln. Relatório final não foi conclusivo porque exigiria testes de maior duração e com uma frota ampliada. Porém, destacou que a implementação de tal estratégia pode atuar como solução-tampão para reduzir a taxa de efeito estufa na atmosfera.
No Brasil, com uma amostragem de oito anos de E27 (obrigatório desde 2015, a partir de E25) a passagem para E30 seria mais interessante se a gasolina aumentasse sua octanagem. Bastaria manter a atual formulação em vez de degradá-la. Além disso, problemas de qualidade e adulteração são muito mais sérios.
Pelo menos as fraudes de volume em bombas nos postos vão diminuir progressivamente. A Dover Fuel Solutions acaba de instalar em um posto de São João de Meriti (RJ) a primeira unidade com assinatura digital obrigatória pelo Inmetro. Evitará a falcatrua chamada “bomba baixa”, quando o volume colocado no tanque do veículo é inferior ao que mostra o visor.
Audi RS 5 Sportback Competition Plus Track: emocionante como o nome diz
A partir de R$ 849.990, poucos carros podem desafiar este modelo da Audi que alia alto desempenho, prazer de dirigir e esportividade a toda prova. O sedã-cupê segue a fórmula que a escola alemã de engenharia consagrou ao unir robustez, alto nível de acabamento, estilo e mecânica apurada. Na versão Track avaliada no autódromo Velopark, em Nova Santa Rita (RS), os bancos-concha dianteiros proporcionam perfeito apoio do corpo nas curvas e induzem explorar todas as qualidades deste modelo com tração integral e comportamento dinâmico impecável.
À altura de rodagem 20 mm menor em relação ao Audi A5 Sportback convencional, somam-se as rodas de liga leve exclusivas de 20 pol., pneus 275/30 R20 Pirelli P-Zero Corsa (R$ 20.000) e discos de freio carbocerâmicos (R$ 67.000). Para os mais exigentes há pintura exclusiva por R$ 57.000. Com preço próximo a R$ 1 milhão, este sedã está num patamar de desempenho que praticamente enfrenta carros esporte um pouco mais rápidos, como acelerar de 0 a 100 km/h em 3,8 s com velocidade máxima de 290 km/h.
O V-6 turbo de 2.896 cm³ entrega 450 cv e 61,2 kgf.m. A sonoridade a bordo não esconde que se trata de um motor bem trabalhado e com a elevada densidade de potência de 155 cv/litro. Suspensões são independentes nas quatro rodas com amortecedores ajustáveis em três cargas e barras antirrolagem. O conjunto é bem rígido e exige atenção para evitar buracos. Com 2.826 de distância entre eixos oferece bom espaço no banco traseiro para dois passageiros e um terceiro com o natural incômodo.