As entidades que receberão recursos do Ford Fund são escolhidas pelos empregados, que se mobilizam e colocam a “mão na massa” para realizar os projetos
A Ford promove anualmente, em setembro, o Mês Global do Voluntariado, com a doação de fundos do Ford Fund, braço filantrópico da empresa, e a participação de seus empregados como voluntários em ações sociais nas comunidades. As entidades beneficiadas são escolhidas pelos próprios empregados de cada região, que se mobilizam e colocam a “mão na massa” para a realização dos projetos.
No Brasil, os voluntários da Ford desenvolveram ações em quatro entidades: Associação João de Deus e Projeto Chama Pra Dançar – Inclusão e Diversidade, em Salvador, na Bahia; Recanto Betel, em Tatuí, e Papo Futuro, na capital paulista, em São Paulo. No mundo, a iniciativa contou com cerca de 2.000 voluntários e atendeu 85 organizações comunitárias de 31 países, distribuindo um total de US$ 830 mil.
Na Associação João de Deus, de Salvador (Bahia), os voluntários da Ford ajudaram a criar uma horta, onde jovens da comunidade aprenderão a cultivar vegetais. Além disso, recursos do Ford Fund serão utilizados para custear um curso de informática. A associação atende diariamente 90 crianças e jovens, de 6 a 15 anos, que, depois das aulas recebem refeição, praticam esportes e realizam atividades culturais e de lazer. Esse trabalho pode ser acompanhado na página https://www.instagram.com/ass.joaodedeus.
“Nosso trabalho é trazer esperança e um futuro melhor para as famílias numa região de alto desemprego e violência. Na horta, os jovens aprendem a importância do respeito à natureza, do trabalho em equipe e da paciência, além de sentir a alegria da colheita”, diz Xavier Wenisch, tutor da associação. “É inspirador ver os voluntários da Ford doarem seu tempo e energia para apoiar o nosso projeto.”
Também em Salvador, outra ação foi a manutenção da sede do coletivo “Mães do Arco-íris”, formado por mulheres cis e trans que lutam pela inclusão social da população LGBTI+, combatendo a vulnerabilidade socioeconômica, discriminação e violência física e psicológica. O coletivo é parceiro do projeto Chama Pra Dançar – Inclusão e Diversidade, que atua desde 2019 na promoção da empregabilidade de pessoas trans e travestis na região.
“Além de receber um recurso importantíssimo para viabilizar os cursos para a população trans e de travestis, agradecemos a oportunidade de vivenciar com integrantes da Ford um trabalho cheio de significado e propósito”, destaca Margot Azevedo, fundadora e coordenadora do projeto.
A ação foi proposta por integrantes do Pride, grupo de afinidade de pessoas LGBTI+ da Ford. “Concluímos esse trabalho com a melhor recompensa: saber que estamos fazendo a diferença e aprendendo a espalhar esses pensamentos e valores por onde passamos”, afirma Matheus Sampaio, analista de produto da Ford, que integra o Pride.
No Recanto Betel, em Tatuí (SP), os voluntários da Ford reformaram um espaço que será usado para o ensino de tecnologia e desenvolvimento de projetos de robótica. A iniciativa conta também com o apoio do SESI, que vai disponibilizar um instrutor.
“Essa ONG faz um excelente trabalho com crianças em situação de vulnerabilidade social desde 1976, mas tinha só uma velha sala de computação. Nós resolvemos modernizar esse espaço para que elas tenham melhores condições de aprender. É muito gratificante poder realizar esse trabalho”, diz Vladimir Lima Ferreira, analista de processo do Centro de Desenvolvimento da Ford em Tatuí, que atua como voluntário há cerca de 20 anos.
“É uma grande satisfação ver o sonho da nossa sala de tecnologia ser realizado. Isso nos motiva ainda mais na missão de proteger os direitos das crianças e dos adolescentes vulneráveis da nossa cidade, por meio da educação”, agradece Patricia Elaine Vieira Conquista, presidente da Associação Recanto Betel.
Em São Paulo (SP), a Ford se juntou à organização Papo Futuro, que trabalha pela inclusão digital de jovens, doando notebooks, computadores de mesa e tablets para alunos da rede pública que estejam prestando vestibular, são universitários ou alunos de algum curso da área de tecnologia, como programação. A empresa e seus voluntários estão arrecadando equipamentos para doação à organização, que reaproveita as peças na manutenção dos aparelhos doados aos estudantes.