Ação da União garante financiamentos de caminhões e implementos. Ministro Guido Mantega também anunciou que o IPI será zerado de forma permanente.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, atendeu aos pedidos da indústria nacional e anunciou na semana passada um pacote de medidas de incentivo ao setor, na presença da presidente Dilma Rousseff, do ministro do Desenvolvimento, Mauro Borges, e de representantes dos principais segmentos do setor, incluindo o automotivo. Entre as medidas estabelecidas, está a prorrogação até o final de 2015 do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do BNDES, que garante financiamento de bens de capital (incluindo caminhões, ônibus e implementos rodoviários) com taxas de juros abaixo da inflação.
Criado em 2009, o PSI estava previsto para terminar em 31 de dezembro de 2014. Seu fim era uma das principais preocupações da indústria automotiva, que depende desta linha de crédito com juros menores para sustentar as vendas de veículos comerciais pesados. Hoje, a taxa do PSI está fixada em 6% ao ano. Para 2014, o PSI tem orçamento de R$ 80 bilhões, dos quais R$ 65 bilhões com recursos do BNDES. Para 2015, o valor ainda não está definido, mas, de acordo com o ministro Guido Mantega, deverá ficar próximo ao volume disponível este ano.
A prorrogação do PSI havia sido pedida em maio no Fórum Nacional da Indústria, que reuniu empresários de 36 setores com a presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, o grupo discutiu propostas para melhorar a competitividade da indústria brasileira. As medidas anunciadas são uma resposta às reivindicações desses setores.
O governo também decidiu zerar, de forma permanente, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para bens de capital, o que significa que manterá isenção total do imposto federal para caminhões, ônibus, máquinas e outros equipamentos.
Grupo Volvo aumenta suas vendas globais em 14%
América do Sul foi a única região da companhia que registrou queda nas entregas de caminhões.
O Grupo Volvo divulgou que suas vendas globais de caminhões avançaram 14% nos primeiros cinco meses deste ano, em comparação com igual período de 2013, chegando a 81,6 mil unidades vendidas. O aumento se deu pelos bons resultados na Europa (alta de 2%), América do Norte (40%) e Ásia (30%). E só não foi maior por conta da redução de 7% ocorrida na América do Sul, onde foram emplacados 10,2 mil veículos comerciais. De acordo com o Grupo, por conta da fraca demanda no Brasil no acumulado do ano, a produção deverá ser ajustada nos meses de junho e julho para conter os altos estoques.
Em maio, as vendas globais do Grupo Volvo tiveram uma alta de 4% (17,4 mil unidades). O volume de caminhões pesados se manteve no mesmo patamar do ano passado, enquanto o de caminhões leves cresceu 36%. Além da América do Sul, a Europa também teve queda no mês de maio, de 4%, para 6 mil unidades. Na Ásia, houve avanço de 26%, para 3 mil caminhões, e na América do Norte, de 13%, para 4,7 mil veículos.