Veículo 100% conectado, o Estafette Concept conta com uma arquitetura SDV (veículo definido por software) da plataforma FlexEVan, desenvolvida pela Ampere. Essencial para a performance e rentabilidade dos veículos elétricos de nova geração, a arquitetura eletrônica SDV permite integrar funções avançadas, como atualizações em tempo real ou manutenção preditiva, contribuindo para uma redução de 30% dos custos de utilização
Impulsionados pelas plataformas de venda pela internet, os serviços de entrega de mercadorias tiveram um crescimento exponencial, enquanto os centros urbanos têm cada vez mais restrições de acesso. Considerando esta nova equação, fica evidente que os furgões de transporte tradicionais estão ficando a cada dia menos adaptados aos motoristas, clientes profissionais e comerciantes. Por isso, graças à nova plataforma de veículos comerciais leves elétricos FlexEVan desenvolvida pela Flexis (empresa da qual o Renault Group é parceiro), a Renault está imaginando o novo furgão urbano ideal, 65 anos depois do Estafette – que em sua época revolucionou o universo dos furgões pequenos. Para isso, foram estabelecidas as especificações com base no estudo das necessidades, feedbacks e experiências de uso dos clientes profissionais, com dois focos principais: a segurança do entregador e da carga, além do ganho de tempo.
“É ótimo contribuir para dar vida à visão do Renault Group e de seus parceiros Volvo Group e CMA CGM Group, com a ambição comum de revolucionar a logística urbana para que ela seja mais sustentável, segura, integrada ao uso urbano e a serviço de todos, dos motoristas aos habitantes. O Estafette Concept é a primeira demonstração de como serão os veículos comerciais leves elétricos de amanhã: totalmente concebidos para um uso urbano, compactos e conectados, permitindo uma entrega 100% sustentável”, disse Philippe Divry, CEO Flexis SAS.
Digno herdeiro do emblemático pequeno furgão da Renault nascido em 1959, o Estafette Concept compartilha com ele bem mais do que o look divertido de seus faróis redondos. Todos eles remetem à inovação e praticidade. Enquanto seu irmão mais velho inaugurou – para toda a marca Renault (veículos comerciais leves e de passeio) – a arquitetura dianteira de motor e transmissão, permitindo liberar totalmente a área de carga, o novo Estafette 4.0 estreia a nova plataforma elétrica FlexEVan que chega para revolucionar a oferta de veículos comercial leves. Pensados para facilitar a vida dos clientes profissionais, motoristas, pequenas indústrias e comerciantes, os dois têm como característica principal a compacidade. Grandes por dentro e com dimensões contidas do lado de fora, eles transportam uma carga generosa ao mesmo tempo em que são fáceis de estacionar. Ambos contam com duas portas deslizantes, para uma praticidade e segurança inigualáveis.
Os dois veículos foram concebidos para e com os clientes profissionais. Em 1959, a Renault chegou até mesmo a organizar um campeonato nacional de entregas para o lançamento do Estafette! O Estafette Concept se tornará um veículo de produção em série, daqui a dois anos.
Com comprimento de 4,87 m e largura de 1,92 m, o Estafette Concept apresenta dimensões externas semelhantes às do Kangoo L2 (4,91 x 1,86 m). Assim como este último, este conceito pode ser estacionado em uma vaga de estacionamento clássica (menos de 5 m), mas se mostrando mais ágil devido ao diâmetro de giro entre paredes semelhante ao do Clio (pouco mais de 10 metros). Seu grande diferencial é a altura bastante superior (2,59 m vs. 1,85 m), que confere verticalidade à silhueta do modelo. Esta verticalidade contribui para uma área interna onde o motorista pode ficar em pé, permitindo uma circulação mais fluida e confortável entre o cockpit e a área de carga.
As grandes portas laterais deslizantes são abertas com um único movimento, sem a necessidade de forçar a abertura como em um furgão clássico de pequeno porte. Isso permite um ganho de tempo substancial, além de menor fadiga do punho do motorista ao final da jornada de trabalho com dezenas de entregas.
Na parte de trás, uma persiana de enrolar permite abrir totalmente a parte traseira do furgão. Ao contrário das portas traseiras convencionais, ela não exige nenhum vão adicional para sua abertura. Por isso, o furgão pode ser estacionado de ré em qualquer doca de carga, facilitando a movimentação das mercadorias. Um grande estribo se desloca automaticamente toda vez que esta persiana é aberta. Concebido especialmente para o carregamento do veículo, ele tem um volume total próximo ao do Trafic L1H2 (7,1 m3). A retirada das mercadorias é feita de forma totalmente segura e apenas pela porta deslizante lateral, pelo lado da calçada.
Perfeitamente fluidas, lisas e sem qualquer aspereza – com exceção do canto criado para destacar a moldura da grade frontal – as formas do Estafette Concept remetem à perfeição tecnológica, como um refrigerador da marca SMEG associado à suavidade dos bonecos de pelúcia tipo plush.
Se todos os tetos dos furgões de entrega fossem pintados com cores pop, nossas cidades seriam muito mais alegres vistas de cima! Esta foi a escolha do Estafette Concept, com seu teto na cor Amarelo Tropique sobre uma cabine Cinza Hélium. Já a carroceria biton também tem a vantagem de suavizar a percepção da altura do veículo fora de padrão.
A moldura da grade frontal bastante esculpida emerge das formas lisas da frente do Estafette Concept, sob a base do para-brisa, destacando a identidade de marca do veículo. As extremidades da moldura remetem de forma evidente ao logo “Nouvel’R”, que é destacado pela iluminação na parte de trás, compondo a nova assinatura em LED formada por grandes fragmentos verticais do logo.
A parte inferior frontal conta com dois grandes faróis redondos com desenho em 3D, que potencializam o efeito tecnológico. Os dois faróis são unidos por uma moldura na cor preta e integram uma câmera que exibe o monograma Renault. Este também é encontrado na parte inferior lateral da carroceria, destacando a identidade da marca.
Oferecendo visibilidade panorâmica ao condutor e permitindo uma imersão no ambiente urbano, o gigantesco para-brisa se estende para as laterais, com generosas aberturas que formam um envidraçamento em três partes. Do lado externo, as discretas molduras dos vidros contribuem para criar um efeito bastante tecnológico do tipo “viseira de capacete”, que remete aos benefícios do veículo em termos de segurança.
Pintada em um tom de amarelo cítrico, a área de cockpit é formada por um único banco dedicado ao motorista. O uso do assento dobrável do lado direito foi previsto apenas para fins de treinamento. Instalado sobre um estrado, o banco do condutor oferece uma posição de dirigir confortável e segura. O condutor só precisa girar para a direita para ficar de pé, sem esforço desnecessário do tronco ou das pernas. Ele pode ficar totalmente de pé desde que sua estatura seja inferior a 1,90m. O estrado comporta 7 gavetas para acomodar diferentes objetos, sendo 3 do lado esquerdo e 4 do lado direito.
Formado por duas partes, o painel de bordo do Estafette Concept conta com um espaço tecnológico com visão totalmente desobstruída em torno do volante, com uma tela de 7’’ para o painel de instrumentos e uma grande tela de 12’’ deslocada para a direita, mas voltada para o condutor. Em sua base, no centro do volante e à esquerda, vários widgets servem de atalho para um acesso direto às funções escolhidas. O sistema multimídia de tecnologia aberta pode receber diferentes softwares relacionados ao trabalho dos usuários do veículo.
Nas extremidades do painel de bordo, duas telas verticais de 10 polegadas exibem imagens da traseira do veículo, captadas pelas câmeras externas.
É impossível não notar o design cilíndrico do lado direito do painel de bordo, conferindo solidez como contraponto à elegância tecnológica das telas localizadas do lado esquerdo. Várias ranhuras encontradas tanto no cilindro como sob o painel de bordo permitem afixar diferentes módulos de porta-objetos independentes, tanto abertos como fechados.
Já um segundo cilindro com diâmetro idêntico serve de porta-objetos na parte de baixo da base do para-brisa, cumprindo a função de módulo de armazenagem.
Uma série de pequenos quadrados em 3D dá vida às grandes superfícies planas e aos planos de fundo das telas.
Na parte traseira do veículo, a área de carga é separada do cockpit por meio de uma porta deslizante. Ela se fecha automaticamente quando o entregador sai do veículo ou retorna para o cockpit, mantendo sempre a carga em segurança. Dentro dela, quatro prateleiras basculantes permitem acomodar as mercadorias de forma racional e organizada.
Tanto o design externo como interno foi pensado nos mínimos detalhes, permitindo uma operação fluida e totalmente segura. Assim, durante a jornada de trabalho o motorista não precisa abrir a persiana traseira e nem sair pelo lado da rua. Tudo isso contribui tanto para sua própria segurança como da carga, que nunca fica acessível e nem visível pelo lado de fora.
Primeiro veículo do Renault Group a contar com uma arquitetura eletrônica SDV (veículo definido por software), o Estafette Concept abre caminho para os veículos comerciais leves elétricos de nova geração: inteligentes, evolutivos e modulares. Desenvolvida pela Ampere, a unidade “pure player” do Renault Group especialista em veículos elétricos inteligentes, esta arquitetura SDV diretamente conectada à nuvem é fundamental para a performance e lucratividade destes veículos. Ela permite conectar os clientes a novos serviços, atualizar o veículo durante todo o ciclo de vida e aprender com o uso dos usuários, contribuindo também para reduzir os custos de utilização em 30%.
A tecnologia SDV é especialmente pertinente nos veículos comerciais leves, pois aumenta a capacidade de personalização – uma área de grande importância e que está no centro das necessidades e dos clientes profissionais. Assim, ela permite uma capacidade de alimentação elétrica de alta performance, abrindo espaço para várias transformações essenciais como a refrigeração, ou a instalação de um sistema de iluminação específico na área de trabalho, por exemplo, sem a necessidade de ter vários fusíveis. Um painel com três tomadas elétricas de alta intensidade serve por si só de interface para conectar com segurança os novos acessórios elétricos da transformação.
Por outro lado, a modularidade dos softwares do veículo comercial leve com tecnologia SDV permite que ele se adapte ao ecossistema de todas as infraestruturas de gestão já utilizadas pelos clientes frotistas. Além disso, em função das especificidades da transformação, a tela do painel de bordo pode exibir informações específicas de forma totalmente integrada, como a temperatura interna do furgão frigorífico.
O SDV consiste em transformar a arquitetura elétrica e eletrônica para tornar um veículo inteligente. Inteligente no sentido em que ele é equipado com módulos de controle de alta performance e novos terminais conectados. Estes últimos alimentam de forma rápida e massiva todos os módulos de controle do veículo.
A evolução representada pela tecnologia pode ser comparada ao ambiente residencial, onde foi possível fazer um upgrade na velocidade de download de grandes volumes de dados, passando por uma conexão discada por modem para uma conexão ADSL e, posteriormente, por fibra. O veículo com tecnologia SDV marca uma grande evolução porque tem a capacidade de fazer o download de grandes volumes de dados de atualização, permitindo que ele integre novos conteúdos durante o ciclo de vida. Para ter a capacidade de evoluir, o software deve estar dissociado do hardware. É necessário fazer uso da plataforma de software mais perene possível e, assim como para a tecnologia de informação para uso residencial, é preciso melhorar, entre outros, a capacidade de memória e performance da plataforma.
O software de código aberto permite melhorar a gestão do consumo de eletricidade, para que os veículos elétricos sejam a cada dia mais eficientes e inteligentes. Como evoluem por meio do download das atualizações, os veículos SDV são capazes de se adaptar ao gosto do cliente, melhorando durante toda a vida útil. Soma-se a isso a particularidade do universo automobilístico, que consiste em elevar o patamar da segurança ao nível mais alto possível. Tanto a segurança dos passageiros e do entorno como a cibersegurança, ou seja, a proteção contra ataques maliciosos nos sistemas informáticos embarcados.