O Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 2020 foi um dos mais desafiadores em décadas. A competição foi postergada em seu início e teve de comprimir uma temporada de 17 corridas em apenas 23 semanas, por conta da pandemia global de Covid-19.
Mais impressionante, devido ao cronograma extremamente apertado, foi a confiabilidade da Unidade de Força Honda. O motor RA620H atendeu ao esperado, com quatro carros em cada corrida, sendo a Honda o único fabricante a não receber penalidades relacionadas à motorização neste ano.
“Gostaria de agradecer a todos os envolvidos no programa Honda F1 por todo o trabalho árduo nesses tempos difíceis, assim como a todos os nossos amigos da Red Bull e AlphaTauri. Seus esforços são muito apreciados e agradecemos também às famílias que os apoiaram, disse o Diretor Técnico da Honda F1, Toyoharu Tanabe. “Um dos principais pontos positivos foi que aprendemos com as temporadas anteriores, melhorando nossa confiabilidade de modo que usamos apenas os três conjuntos motrizes permitidos por piloto, sem sofrer penalidades relacionadas a isso.”
Os pilotos da Honda chegaram nas dez primeiras posições do grid 41 vezes de 68 possíveis, incluindo três corridas em que todos os quatro estiveram juntos na metade superior do grid.
Três dos quatro pilotos da Honda conquistaram o pódio, incluindo a primeira vitória na carreira de Pierre Gasly. Cada um dos pilotos também ficou entre os quatro primeiros e a dupla da Red Bull marcou pontos suficientes para terminar em segundo no Campeonato Mundial de Construtores, a melhor colocação para uma equipe Honda desde que a equipe Lucky Strike BAR Honda terminou na mesma posição em 2004.
Outros destaques da temporada incluíram duas vitórias e uma pole para Verstappen, que marcou 11 pódios, o máximo para um piloto da Honda desde que Ayrton Senna registrou 12 corridas entre os três primeiros em 1991. Albon conquistou seus dois primeiros pódios na carreira, incluindo parte de um pódio duplo no Bahrein, enquanto Kvyat teve um final de ano forte, terminando em quarto na 13ª rodada e se classificando entre os 10 primeiros em cada uma das últimas três corridas.
“No geral, esperávamos lutar pelo título do campeonato com a Aston Martin Red Bull Racing, mas não conseguimos igualar a Mercedes ao longo do ano e por isso é claro que precisamos trabalhar muito para melhorar nosso conjunto,” disse Tanabe. “Ao mesmo tempo, houve alguns pontos altos, como Max vencendo o Grande Prêmio de 70 anos e Pierre conquistando sua primeira vitória na F1, a segunda da equipe em nossa 50ª corrida com a escuderia, no Grande Prêmio em Monza. Conforme anunciado anteriormente, no final da próxima temporada a Honda se retirará da Fórmula 1. Mas nosso objetivo continua o mesmo: vencer o campeonato mundial. Juntamente com as nossas equipas parceiras, iremos agora trabalhar muito durante o que será um curto período de entressafra, na procura de mais performance, para que possamos regressar mais fortes.”
O cronograma provisório da temporada de F1 de 2021 compreende 23 eventos, começando em 21 de março em Melbourne, Austrália e terminando em 5 de dezembro em Abu Dhabi.