Quando a irmã mais velha fez 10 anos e, pelas regras do CBT (Código Brasileiro de trânsito, ele poderia viajar no banco da frente do carro, o Marco ficou revoltado. Para ele, um bom goleiro no time da escola e do condomínio, era injusto. Ele se sentia forte e capaz de sentar no banco da frente também.
De nada adiantaram os protestos do garoto. Seus pais não desobedeceram normas por duas razões: era o que manda a Lei e o custo da desobediência, multa de quase R$ 300,00.
Mas, agora em setembro, ele chegou aos 10 anos e tem mais de 1,45 m, conforme manda a Lei. Seus olhos brilharam quando eu o convidei para sentar no banco da frente, ao meu lado, para um passeio por São Paulo (na foto ele está sem cinto porque o carro estava parado).
Como era novidade sentar no banco da frente, em que pese as muitas atrações do Chevrolet Equinox, ele só lembrava que ao sentar lá atrás, ao lado da irmã mais nova, só via o encosto do banco dianteiro e, pela janela lateral árvores, postes e o céu.
Agora, na frente, nem ligou que o modelo RS (R$ 210.980), oferecia até contato com a já famosa “Alexa” (integrada ao Spotify), capaz de tocar música, dar notícias, previsão do tempo e até contar piadas. Sua atenção estava voltada para a ampla visão que tinha do banco da frente.
– Aqui sim, a gente vê tudo que tem no caminho. É muito bom. Ainda bem que já fiz 10 anos!
Mas consegui dele algo além do banco da frente. Me contou que participou de uma competição na escola, o “Canguru de Matemática”, onde conseguiu, cursando o 4º Fundamental, a medalha de bronze, disputando com alunos de séries superiores.
De repente, o alerta de frenagem de emergência, despertou seu interesse. Expliquei do se se tratava e aproveitei para fazer um pouco sobre a transmissão automática de 6 velocidades e o alerta de detecção de pedestres à frente. Sobre a tela, de 8 polegadas, além da Alexa, que vai operar independente, permitindo “falar” com a residência pela multimídia, ele viu que tem assistente virtual da Amazon, câmeras que mostram a traseira do carro quando engatada a ré e muitas outras funções.
Quando, em uma via expressa, uma arrancada mais forte, ele perguntou que motor tinha o carro. Ouviu a resposta, 172 cv, turbinado, e comentou que gostou do arranque.
Acho que ele não gostaria de morar no Canadá, onde a “Canadian Transportation Agency”, recomenda que que apenas crianças com mais de 13 anos viagem no banco da frente, embora existam por lá províncias (espécies de estados) em que elas podem ocupar este lugar privilegiado a partir dos 12 anos. Ainda bem que ele mora no Brasil e já completou 10 anos.