Aniversário: 50 anos do “luxuoso” made in Brazil Ford Galaxy

O Ford Galaxie entrou para a história automotiva como o sedã mais confortável, luxuoso e espaçoso feito no Brasil em todos os tempos. O modelo emblemático, que acaba de completar 50 anos, é homenageado na #TBT, ou “Throwback Thursday”, hashtag que se popularizou nas redes sociais usando as quintas-feiras para recordar fatos marcantes do passado.

Primeiro automóvel de passeio nacional da Ford, o Galaxie começou a ser feito no País em fevereiro de 1967. Sofisticado e bonito, logo se tornou objeto de desejo. Com mais de 5,30 metros de comprimento e 2,00 metros de largura – grande até para os padrões americanos – impressionava pelo tamanho e pelo requinte, transportando confortavelmente seis passageiros.

O desempenho também impressionava, com motor V8 de 166 cv, câmbio de três marchas e conjunto mecânico robusto. Em 1969 chegava ao mercado a versão LTD, o primeiro carro brasileiro a ter ar-condicionado e o segundo com câmbio automático, então chamado de “hidramático”, além de carroceria com teto de vinil. O LTD Landau, lançado em 1971, era ainda mais luxuoso, trazendo jacarandá no painel e portas, veludo inglês e casimira inglesa no acabamento.

Em 1976, o Galaxie foi reestilizado, com destaque para os faróis horizontais e lanternas com três barras verticais. Neste mesmo ano a linha passou a oferecer o Galaxie 500, versão mais simples, além do Galaxie LTD, intermediário, e do Landau, topo de linha.

Em 1979, a versão de entrada foi aposentada. Com a crise do petróleo e o mercado ávido por carros menores e econômicos, o LTD saiu de linha em 1982. O Landau, último dos Galaxie, teve a produção encerrada em 1983, após vender 77.850 unidades no País. Em seu lugar veio o Del Rey, também focado no luxo, mas com tamanho e proposta bem diferentes.

O luxo e o design característicos fizeram com que o admirado modelo se tornasse parte da frota da Presidência da República. Um Ford Landau 1976 foi o Papamóvel utilizado pelo Papa João Paulo II em sua visita a Curitiba em 1980. O sedã ainda marcou presença no horário nobre da TV brasileira, dividindo a cena com Tarcísio Meira na abertura da telenovela Araponga (1990).

 

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