Avaliação: dupla de motociclistas avalia a BMW 1200 GS e aprovam

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Enfim, chegou aquele momento que todos nós de Super TopMotor aguardávamos: a primeira avaliação de uma motocicleta. A escolhida foi a BMW 1200 GS 2013 – cedida pela Eurobike – uma espécie de big trail com DNA alemão com certeza.
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A BMW 1200 GS é equipada com motor bicilindrico boxer, oito válvulas, 1.170 cm3, injeção eletrônica, comando duplo no cabeçote com potência de 125 cv. O câmbio é de seis marchas e atransmissão por eixo cardã, uma característica da marca alemã.O quadro é de dupla viga tubular de aço e conta com suspesão dianteira telescópica telelever de 210 mm de curso e monoamortecedor paralever na traseira de 220 mm de curso, ambas com regulagem eletrônica automática. Os freios são discos duplos com pinças radiais na dianteira  de 305 mm de diâmetro e apenas um disco na traseira de 220 mm de diâmetro, com ABS
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Sem dúvida nenhuma que a BMW 1200 GS é uma big moto e seu peso é de 260 kg. O taqnue tem capacidade para  30 litros. Suas dimensões comprovão seu tamanho grande : comprimento 2.207 mm, largura 952 mm, altura do assento 890/910 mm e entre-eixos 1.507 mm. Agora que vocês conhecem a BMW 1200 GS, vamos as avaliações de nossos dois novos amigos. São eles o engenheiro José Graner, 44 anos, e o arquiteto Ricardo Cukierman, 49 anos.
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Vamois começar pelo Graner:  “Antes de entrar especificamente nos muitos adjetivos da moto, seria injusto e impreciso se eu não contasse um pouco sobre minha base motociclistica que nunca foi de big-trail´s. Nasci e fui criado dentro do motociclismo entre naked´s e speed´s, logo o mundo da terra e da lama, que por consequência, traz suspensões com maior curso e habilidade especifica de pilotagem são bem diferentes das que uso até hoje, talvez porque no alto dos meus 1,71m o acesso a motocicletas big-trail´s seja bem limitado. Mesmo na GS, em posição de equilíbrio, apenas as pontas de meus pés tocavam o chão, aumentando as possibilidades de um tombamento.

O engnheiro JosérGraner
O engnheiro JosérGraner

Estando acostumado a saídas rápidas que estendemos até os 14.000 RPM´s, a GS impressiona pelo torque que literalmente te joga para trás. Ouvindo conversas em rodas de motocicisats, mesmo preparando o “espírito” para uma saída rápida, quando vc mete a mão, a moto impressiona por uma resposta muito rápida e inesperada. E daí vem como eu generalizo as qualidades dessa fera: BRUTA.
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O design dela traz os traços da BM com ângulos retos e acabamento impecável, qualidades estas que no passado me fizeram comprar uma 800R da mesma marca. Meus parcos conhecimentos em big-trail não me permitem entrar em comparações nos detalhes de acessórios ou ciclística. O farol dianteiro remodelado com seus led´s poe ela na vanguarda deste segmento. O painel, motivo da venda da mesma 800R (não aguentava mais olhar os dois relógios analógicos…), não tem nada de espartano, incluindo nível de combustível, marcha e muitas, muitas outras funções.
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As pinças Brembo  agarram com firmeza e o ABS aumenta muito a confiabilidade no equipamento. Mesmo sem fazer freadas balanceadas entre freio dianteiro e traseiro, quando alicatar o manete se prepare pois a chance de vc virar uma vídeo-cassetada pode ser muito real mas é exatamente isso que se espera do comportamento do freio numa situação de emergência.
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Uma grande novidade para mim foi o piloto automático, que pelo perfil de quem usa a moto para grandes viagens em velocidades relativamente constantes, deve ser um benefício que não deve ser deixado de lado. Eu dei uma brincada apenas com ele e já achei demais.
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Outro ponto que não pude notar foi a suspensão Sachs. Por uma uma moto desse valor e com o perfil de comprador que tem, o nome Ohlins acabaria acrescentando muito. Resumindo: se você tem mais de 1,80m (não adianta dizer que existem maneiras de abaixar a moto. Se vc tem menos que isso vai apanhar…) e esta disposto a entrar no mundo das Big-trail´s, acho difícil achar um só ponto a denegrir essa fera.”
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Agora é a vez do arquiteto Ricardo: ” Ao fazer a avaliação da  BMW GS1200 2013, fiquei muito impressionado com a performance. Sou proprietário de uma GS1200 Adventure 2011 e comparando uma com a outra, o modelo 2013 esta muito mais agressivo (tomada de velocidade). Considero que esta não seja uma moto para principiante, sendo para pilotos mais experientes e com a mão mais leve no acelerador.
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No começo notei a embreagem muito alto, mas ao investigar melhor a moto, notei que este modelo tem diferentes ajustes de embreagens para a pilotagem, fora outros comandos novos que não consegui tempo suficiente para entende-los. Pude notar que não existe a configuração “confort” para pilotagem nesta versão, o que existe na minha. Ela possue uma ótima dirigibilidade em curvas de baixa velocidade, mesmo com seu tamanho.
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Acredito que todas com esta configuração já venham com freios ABS, caso haja algum modelo que não possua, desaconselho a compra sem este recurso, pois a moto fala muito e merece um freio a altura. Os pontos fracos que avalio são: as 1200GS são feitas para pilotos altos. Os de baixa e média estatura tem dificuldade em alcançar o chão, mesmo com bancos rebaixados, o que causa uma insegurança para o apoio dos pés.
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Achei a posição onde se encontra recuado o pé de apoio de difícil acesso para abaixa-lo, pois está muito próximo ao ao apoio do pedal de pilotagem, esroscando o pé para baixar o pé de apoio. Os acessórios que protegem o motor deveriam ser de série, pois numtombamento são essenciais e não deveriam ser opcionais. De uma forma geral, gostei muito da moto e espero que a BMW continue melhorando este projeto que já é muito bom.”

Fotos: Flavio Verna

Agradecimento: Eurobike pelo empréstimo da motocicleta.

 
 

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