Nicolas Havek foi o criador do Smart, ele queria fazer um carro pequeno, que fosse: econômico, responsável ambientalmente e fácil de estacionar em espaços pequenos. O nome Smart é derivado de Swatch Mercedes Art. O senhor Havek, nasceu no Líbano e faleceu em 2010 na Suíça aos 82 anos, foi co-fundador da Swatch Group. Como será que anda a criação dele nos dias de hoje?
Nós vamos dizer para vocês como anda esse projeto, sobre a nossa opinião e também na opinião da nossa personagem Irina Cypel, de 38 anos, formada em publicidade e que roda com sua Nissan Livina pela cidade todos os dias. Como será que o pequeno gigante se saiu?
O Smart tem como maior vantagem o tamanho reduzido para até duas pessoas. O “porta-malas” é pequeno sim, mas condizente com sua proposta. De fácil acesso e utilização. Sua tampa inferior pode servir até como mesinha, para um pic-nic, por exemplo. A maior desvantagem é não ter ruas em boas condições para ele rodar aqui no Brasil. Nas ladeiras ele até vai bem, passa pelas valetas, lombadas, rampas e tudo mais, mas quando cai num buraco, que não são poucos, o impacto é desconfortável.
Irina destacou: “O Smart é coerente com o futuro do planeta”, nos lembrando da conscientização que todos teremos obrigatoriamente que ter no futuro próximo. Rodando pela cidade é muito comum observar que a maioria dos carros, principalmente os grandes, estão com um ou no máximo dois ocupantes. “Podemos ser mais com menos”.
A dirigibilidade do carro é boa, em pouco tempo se pega o jeito de conduzi-lo. Design é um ponto alto. O Smart veste qualquer ocasião, deixando um ar “cool” tanto em sua chegada como na saída. A grande facilidade de entrar e sair dos lugares é quase um orgulho. Aquele pequeno espaço que costumamos ver entre um carro e outro estacionado, passa a ser visto como vaga exclusiva do Smart, ele cabe em todas. Sei que parece óbvio dizer sobre a facilidade de estacionar e manobrar um carro tão compacto, mas mesmo assim ele surpreende.
“Não sei se pegaria auto estrada, não me sinto muito segura pelo tamanho dele”, disse Irina. Segurança é primordial para o público consumidor deste veiculo, sabendo disso, construíram o carro sobre a célula de segurança tridion, que protege os ocupantes como a rígida casca que envolve uma noz. Sua estrutura é reforçada adicionalmente com aços de alta resistência e ultra-alta resistência em pontos estratégicos importantes (mais de 50 por cento). Os componentes longitudinais e transversais ativam a zona de deformação do outro veículo envolvido no acidente e distribuem a energia do impacto sobre a carroceria do veículo de forma uniforme. Além disso, em caso de uma colisão, as rodas também funcionam como zonas de absorção.
Graças à construção tipo sanduíche da célula de segurança tridion, os passageiros ficam normalmente um pouco acima da zona de perigo normal em caso de um impacto lateral. Adicionalmente, em caso de batida na lateral, quase sempre o outro veículo atinge o eixo, ele é capaz de absorver a energia do impacto, graças à distância entre eixos relativamente curta do Smart. Os itens internos foram pensados para evitar ferimentos aos ocupantes. A parte inferior do painel de instrumentos forrada de espuma, oferece proteção para a parte inferior das pernas e os joelhos dos passageiros. Portanto, a sensação de pouca segurança pelo tamanho do carro já esta descartada. Outros itens de segurança mais comuns também estão presentes no smart, como ESP (Programa Eletrônico de Estabilidade), ABS e brake assist (BAS), cintos de segurança com tensores e limitadores de força, bancos de segurança com cintos integrados e airbags. Com tudo isso, os beneficiados não são apenas os ocupantes do smart: devido ao seu baixo peso, ele causa pouco impacto ao outro veículo envolvido no acidente, provocando o mínimo de danos. Deixa claro que: usando o carro como recomendado, será tão seguro dentro dele, quanto de um veiculo de porte maior.
O consumo do Smart é bom, mas promete ficar ainda melhor, considerando as novas tecnologias para motores de até 1 litro e 3 cilindros, resultando em alto desempenho e baixo consumo. O modelo avaliado é equipado com o motor de três cilindros em linha, 999 cc e 52cv.
Quando tivermos asfalto melhor e mais educação no trânsito poderemos desfrutar deste carro que sem dúvida foi desenvolvido para países de primeiro mundo e infelizmente ainda não estamos lá. O preço deste pequeno notável começa em R$ 55.900 para a versão sem turbo. A versão turbinada parte de R$ 72.900 e vai até R$ 76.900 para cabrio. Vale a pena experimentar!
Texto: Flávio Verna
Fotos: Flávio Verna e divulgação