Avaliação: o pequeno Jac J2 agora é Jet Flex

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A Jac Motors vem conquistando devagar seu espaço no mercado Brasileiro, mas isso não é ruim, pelo contrario, muitos não acreditavam que a marca pudesse sobreviver num mercado tão maluco quanto o nosso, mas por enquanto ainda está investindo.

Digo maluco, porque até pouco tempo atrás a maioria aceitava o que tínhamos disponível. Mas agora, tudo mudou, e com tantas ofertas existentes, passamos a ser exigentes na compra, só que nossas exigências ainda não condizem com uma boa compra, isso porque a maioria não entende bulhufas sobre carros.

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As vantagens mais conhecidas no mercado são os “brindes”, couro, jogo de tapetes, frisos, rodas, som, primeira revisão e por ai vão os falsos “brindes”. Essas porcarias todas já deveriam existir no carro pelo preço que estão nos vendendo e todo mundo sabe disso. Pensem,  se estão nos dando (duvido!), pode ter certeza, estamos pagando, e se você comprou e não “ganhou”, você pagou mas não levou.

Nós brasileiros, fomos sempre mal tratados no consumo de carros, sempre ficamos com a segunda linha, pouco conforto e segurança, mas depois da abertura do mercado para novas marcas, passamos a ter acesso a mais itens, inclusive no quesito segurança. Hoje todos os veículos são obrigados a ter air bag, isso já é uma grande evolução. NÃO, não é uma grande evolução, pelo contrário, é um grande atraso!!! [Pronto falei]

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Deveríamos ter muito mais que isso. E quem não entende de carro deveria contratar profissionais para assessorá-los, desta forma, teriam mais vantagens na escolha, e nós profissionais, teríamos a chance de mudar esse cenário para melhor, ai não deixaremos que pensem que podem vender qualquer lata de sardinha com rodas por preço de Ferrari. Vamos evoluir. Cada um na sua área, não temos que ser bons em tudo, podemos ser bons no que fazemos e o que não dominamos, contratamos quem o faz, assim geramos uma energia corrente, onde tudo flui.

Vamos falar mais depois sobre esse assunto do “personal car”. Divaguei nesse assunto para chegar ao ponto que os veículos orientais tem qualidades de vários padrões, desde a mais simples até a mais requintada, acontece que são honestos, essa é a grande diferença. Eles não tentam empurrar qualquer coisa e tomar todo nosso dinheiro por isso. São carros honestos, tem tudo que podem colocar, no nível de qualidade condizente com a proposta, sem ser um absurdo de caro.

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No Jac J2, investiram na tecnologia bí-combustível, ou seja, os novos modelos já podem ser abastecidos com etanol ou gasolina em qualquer proporção. Isso mostra o quanto querem firmar no mercado brasileiro, pois é aqui que se vende veículos flexíveis. Esse comportamento mostra que a Jac diz que veio para ficar. Mas minha opinião: estratégia errada. Quando avaliamos o J2 com propulsor a gasolina, já apontamos itens mais importantes e que o motor flex não fazia tanta falta, mas… quem sabe vem logo.

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Apoiamos e esperamos continuar apoiando os veículos orientais, mas eles devem trabalhar para continuar sendo o que eles sempre foram e não tentar ser brasileiros, o que eles nunca serão.

Além do motor flexível que gera 108 cavalos, mudou também o pára-choque traseiro, não vou nem citar como qualidade este propulsor não precisar do tanquinho de gasolina para partida a frio por achar extremamente ridículo tal item na engenharia moderna que temos nos dias de hoje.

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De resto o carrinho continua muito gostoso de rodar e principalmente de estacionar. O design de personalidade é um grande diferencial. Rodamos 313km em perímetro urbano e tivemos que reabastecê-lo. Seu minusculo tanque com capacidade para apenas 35 litros, passa a sensação de menor ainda quando abastecido com etanol. O valor do compacto é 38.990.

 
 

Texto e fotos: Flávio Verna

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