Bateria “cansada”: os sinais para a manutenção

Problemas frequentes são indicativos da necessidade de fazer a revisão da peça e evitar gastos inesperados

Todo mundo sabe que o cuidado e a preservação das peças de um automóvel  fazem toda a diferença na vida útil do veículo e, também, na valorização no momento da venda. Um dos itens vitais para o funcionamento do motor e de outros componentes é a bateria. Por isso, é primordial que ela seja vistoriada regularmente e, também, junto com o check-up geral do carro. Por mais que a durabilidade seja longa, é necessário se atentar aos problemas que a falta de manutenção na peça pode causar, pois muitas vezes os sinais que algo está errado são silenciosos.

Um dos primeiros problemas, e que pode acabar passando despercebido, é a redução na intensidade da iluminação do painel, explica Renato Silva, gerente de pós-vendas da Ford Slaviero. “A alimentação dessas luzes é feita pela bateria do automóvel e a redução do brilho pode ser um indicativo de que a troca dessa peça pode estar bem próxima”. Assim como as luzes do painel, Renato conta que os demais componentes elétricos do carro podem ficar com o funcionamento comprometido. “Caso observe que os vidros elétricos estão subindo e descendo de maneira mais lenta que o normal, ou o ar-condicionado e rádio comecem a apresentar ineficiência, é provável que a vida útil da bateria esteja se esgotando”, alerta.

Outro sinal bem comum é ter que virar a chave mais de uma vez para dar a partida no motor. Além disso, o tempo de uso de bateria não é fixo, o que torna o processo de revisão periódica ainda mais importante. Em geral, de dois a quatro anos é o tempo indicado como aceitável de vida útil. “A manutenção pode depender de uma série de fatores, como a frequência de utilização tanto do veículo quanto dos componentes que costumam consumir energia da bateria, como ar-condicionado, vidros elétricos, equipamento de som, entre outros”, detalha o gerente.

No entanto, ele esclarece que existem alguns cuidados que podem retardar o desgaste da peça. “Sempre que estacionar o veículo, certifique-se que todas as luzes, faróis e lanternas estejam desligados. Faça o mesmo com equipamentos internos, como o som e os sistemas de conectividade do veículo. A atenção deve ser redobrada caso o carro tenha acessórios adicionais, que não são originais do modelo. Muitas vezes, esses dispositivos não se integram aos sistemas que desligam os itens internos quando necessário, ocasionando o desgaste acelerado”. Renato reforça que, apesar dessas dicas, em algum momento a bateria precisará ser trocada.

A revisão nada mais é do que algumas conferências no equipamento. “Em primeiro lugar, é utilizada uma medição elétrica, que determina se as condições de funcionamento do aparelho ocorrem da maneira correta. Também é feita a avaliação visual, que mostra se há desgastes ou corrosões aceleradas, bem como a oxidação dos terminais.” Renato aponta que, em caso de oxidação, é necessário realizar a limpeza, garantindo que o funcionamento da bateria não seja afetado por aspectos físicos. “O mesmo pode ser dito em relação à fixação do equipamento no suporte correto. Uma bateria instalada inadequadamente, ou que tenha ficado frouxa, com o tempo, pode gerar problemas de durabilidade tanto de suas funções quanto do motor”, ressalta.

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