Bateria é, sim, assunto de mulher

Na Clarios, Grupo de Diversidade & Inclusão atua para valorizar os diferentes talentos, origens e perspectivas

A presença de mulheres na indústria automotiva é crescente e, cada vez mais jovens, elas estão ocupando cargos importantes de liderança. Na indústria voltada à produção de baterias não é diferente e a Clarios,  produtora da marca Heliar, líder entre as montadoras, incentiva a diversidade e a inclusão.

Priscila Camargo é um exemplo. Chegou à companhia em 2010 como estagiária e, hoje, aos 31 anos, é supervisora de produção, liderando uma equipe de 34 pessoas.

Formada em Engenharia Elétrica, com MBA em Gestão Industrial, foi efetivada como analista de melhoria contínua, no departamento de Continuous Improvement, depois passou à engenheira de melhoria contínua e permaneceu nessa função até janeiro de 2021 quando foi promovida à supervisora de produção da área da formação. Tornou-se também a primeira mulher a assumir um cargo de supervisão de produção na planta de baterias automotivas da Clarios, que só contava com mulheres supervisoras de produção em outras plantas.

“O mais importante não é ser a primeira a conseguir algo, mas me deixa feliz saber que outras estão vindo. Fico muito contente quando encontro alguém no refeitório ou no vestiário que fala comigo e diz que é grata por eu a ter inspirado e por uma mulher estar aqui antes dela, desconstruindo a ideia de que bateria é coisa de homem. É muito bom poder inspirar novas mulheres”, declara Priscila.

A Clarios foi a primeira empresa da região de Sorocaba (SP) a ser signatária da plataforma WEP (Women Empowerment Principles, em tradução livre, Princípios de Empoderamento de Mulheres) da ONU Mulheres. Desde então, vem promovendo ações voltadas à igualdade de gênero, à garantia do bem-estar e à formação e ao desenvolvimento de mulheres, sempre medindo os progressos para que a diversidade e a inclusão sejam respeitadas e garantidas de forma efetiva.

Muito desse incentivo é captado pelo Grupo de Diversidade & Inclusão do qual Priscila faz parte. Criado em 2017, atua em quatro frentes: Mulheres, LGBTQIA+, Raças e Etnias e Gerações. Como resultado, em agosto de 2020, foram contratadas as primeiras oito mulheres para atuar na linha de produção de baterias automotivas.

“Para garantir a saúde e segurança das mulheres no chão de fábrica, realizamos estudos, levantamos dados ergonômicos e convocamos reuniões com a área de Recursos Humanos, Medicina e Segurança do trabalho. Foi uma quebra enorme de paradigmas e de cultura, porque, até então, só havia homem nas funções de operador de produção. Foi um grande progresso”, comemora, na mesma semana em que recebeu a segunda mulher a integrar seu time de trabalho.

Mudança cultural

A responsável pela área de Relações Humanas, Ana Carolina Tivelli, explica que sua própria contratação representa o esforço da Clarios em se tornar uma empresa mais diversa. “A minha própria experiência profissional é uma forma de pensar a carreira da mulher em indústrias desafiadoras. Na Clarios, até o final deste ano, estão previstas uma série de ações voltadas ao fortalecimento da diversidade e à quebra de paradigmas”, antecipa.

A gestora detalha que o trabalho de fortalecimento das mulheres na Clarios visa à sororidade. “Em resumo, diz respeito a um comportamento de empatia e companheirismo, sem julgar outras mulheres e, sim, ouvir com respeito suas reivindicações. Mulher apoia mulher e jogamos juntas”, ensina Ana.

Avanços

Apesar dos progressos recentes, a supervisora Priscila nota que ainda persiste uma cultura de que carro, moto, caminhão, ônibus e outros tipos de veículos são “coisas” de homem e não de mulher e isso vale também para a produção.

“Ainda há processos que dependem de força física, mas estamos atuando para melhorá-los, de forma que qualquer pessoa, de qualquer sexo, idade ou estatura possa realizá-lo”, compartilha.

Mais diversidade

Na visão de Priscila, para que haja maior diversidade na indústria é preciso uma desconstrução cultural e abrir as portas para que pessoas diversas como mulheres, portadores de deficiência, homossexuais e outros grupos minorizados, entrem nas fábricas. Para ela, as empresas precisam agir para melhorar a estrutura e deixar os postos acessíveis a todos.

Priscila testemunha a preocupação da Clarios em tornar o ambiente de trabalho mais diverso, inclusivo e igualitário e, para ela, isso faz parte do sucesso de uma companhia.

“Agradeço à Clarios por abrir as portas e nos dar a oportunidade de colocar o tema diversidade em pauta. Tem o sonho de exercer uma função historicamente masculina? Esqueça esse padrão, capacite-se para atuar com excelência e vá a luta!”, encerra Priscila.

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