Ano fiscal 2020: vendas registraram crescimento apesar das incertezas causadas pela pandemia da Covid-19
A Bosch fechou o ano fiscal de 2020 com vendas totais de 6,9 bilhões de reais na América Latina, incluindo as exportações e as vendas das empresas coligadas, o que representou um aumento aproximado de 6% quando comparado ao ano anterior. “Diante de todos os desafios e incertezas que a pandemia da Covid-19 trouxe de um dia para o outro, a retomada gradativa dos negócios foi positiva ao longo do segundo semestre de 2020, principalmente nas áreas de Bens de Consumo e de Reposição Automotiva. Esse resultado vem consolidar ainda mais a nossa estratégia de longo prazo, que visa levar o nosso know-how em desenvolvimento de tecnologias e serviços para diferentes setores de negócios, como mobilidade, construção, agronegócios e indústria 4.0 entre outros”, diz Besaliel Botelho, presidente da Robert Bosch América Latina.
As operações do Grupo no Brasil foram responsáveis por 74% do volume de vendas na região. Seus quase 8.200 colaboradores no país contribuíram para gerar um faturamento de R$ 5,1 bilhões de reais, sendo 26% gerados a partir das exportações para os mercados da América Latina, América do Norte e Europa.
O ano de 2021 tem se mostrado tão desafiador quanto o anterior, mas a Bosch segue atuando de forma a garantir a saúde de seus colaboradores e, também, a sustentabilidade dos negócios do Grupo na região. Há muitos desafios para serem superados e um deles, com certeza, é a disponibilização da vacina contra a Covid-19 para toda a população, que contribuirá para a retomada das atividades pessoais e profissionais num futuro próximo. Nesse contexto, a Bosch planeja um crescimento das vendas de forma moderada ao longo desse ano e mantém a sua estratégia de longo prazo na América Latina.
Diversidade de negócios e AIoT formam a base para o desenvolvimento futuro
A Bosch vem moldando o mundo conectado e criando oportunidades de negócios por meio da sua expertise em sensores, softwares e serviços. A empresa busca alavancar sua competitividade combinando sua experiência em conectividade (internet das coisas, IoT) com inteligência artificial (AI) na geração de novos negócios e, assim, se tornar uma empresa líder em AIoT (AI + IoT). No Brasil, a multinacional atua nessa vertente de desenvolvimento oferecendo soluções de AIoT para os setores da mineração, agronegócios, mobilidade, industrial, monitoramento e gestão de frotas tendo como foco os pilares da segurança, melhoria da produtividade, redução de custos operacionais e aumento da eficiência energética.
“Entre os diferentes benefícios do uso da AIoT, posso citar os ganhos junto à manufatura avançada com processos mais transparentes e inteligentes. Os sensores nas máquinas e ferramentas permitem uma melhor visualização da cadeia produtiva e, com isso, as decisões de produção, logística, cadeia de fornecimento e manutenção ocorrem de forma mais ágil e segura, garantindo redução de custos, aumento de produtividade e de competitividade”, diz Botelho.
Além de ser usuária de tecnologias de Indústria 4.0 em suas operações, a Bosch – devido a sua vasta experiência em manufatura e integração de tecnologias – também é provedora de soluções para que toda a cadeia produtiva possa estar conectada, especialmente as pequenas e médias empresas. A empresa disponibiliza para o mercado soluções customizadas turn key nas áreas de automação e engenharia industrial, ferramentaria e I4.0.
O 5G será a tecnologia habilitadora para garantir que a interação entre o universo digital e o real ocorra por meio de um fluxo contínuo de troca de informações, muitas vezes imperceptível, com alto nível de segurança, flexibilidade e baixa latência. Esse novo padrão de transmissão de dados trará um grande impulso para a Internet das Coisas e Inteligência Artificial (AIoT), que impactará todos os segmentos da sociedade.
Expansão contínua: Bosch planeja investir 170 milhões de reais na América Latina em 2021
A Bosch está presente na América Latina desde 1924 e atualmente emprega cerca de 9.800 colaboradores que atuam para manter a região cada vez mais relevante e estratégica para o Grupo Bosch. Além de fornecer soluções tecnológicas e serviços customizados para atender o mercado local, a Bosch Brasil é um centro de competência para produção e comercialização de diferentes produtos.
Um bom exemplo é a transferência da linha dos componentes diesel CRIN (Common Rail Injector) dos Estados Unidos para Curitiba/PR, onde a Bosch já conta com um centro de desenvolvimento de plataformas desses sistemas para o mercado global. Com isso, a empresa também estará apta para atender à demanda local assim que o Proconve P8 (que equivale ao Euro 6) entrar em vigor.
Outro exemplo é o negócio de Ferramentas Elétricas, que também é um centro de competência na região. Em 2020, a divisão de negócios desenvolveu e passou a produzir uma nova linha de esmerilhadeiras angulares em substituição aos atuais produtos comercializados em todos os países da América Latina. E, a partir de maio, produzirá uma linha de parafusadeira a bateria para atender à demanda da região.
“Além de ressaltar a nossa competência em diferentes setores de atuação, essas movimentações reforçam a visão estratégica do Grupo Bosch e compõem um pacote de investimentos na ordem 170 milhões de reais na região em 2021. Com a localização, conseguimos ganhar mais produtividade, eficiência, qualidade e excelência na produção e comercialização de produtos para atender tanto à demanda local quanto a exportação”, destaca Botelho.
Bosch atinge a meta de neutralidade de carbono em suas 400 localidades
Em 2020, a Bosch alcançou a meta de neutralidade de carbono em todas as suas 400 localidades no mundo. Para atingir esse objetivo, a empresa também adquiriu energias verdes e participou de programas de compensação de carbono.
Na América Latina, esta conquista também é uma realidade graças às diversas ações realizadas em todas as unidades na região. No Brasil, por exemplo, foram instalados painéis solares em diferentes áreas das plantas de Campinas e Curitiba para a geração de energia limpa e renovável, que além de reduzirem as emissões de CO2, proporcionam maior autonomia e autossuficiência energética.
Outras medidas para a melhoria da eficiência energética também foram adotadas, como troca de lâmpadas fluorescentes por LED e a plataforma de gestão de energia, utilizada para o monitoramento de consumo por meio da coleta e análise de dados, com auxílio de AIoT. Além da preservação dos recursos naturais, a Bosch é muito atuante na área social. Por meio do Instituto Robert Bosch, a empresa investe continuamente em projetos sociais, culturais e educacionais com foco na educação complementar e profissionalizante de jovens.
Grupo Bosch: perspectivas para 2021 e direcionamento estratégico
O Grupo Bosch mundial registrou um resultado positivo em 2020 apesar da pandemia do coronavírus e um primeiro trimestre de 2021 bem-sucedido. “A Bosch superou bem o primeiro ano da pandemia do coronavirus”, disse Volkmar Denner, CEO do Grupo Bosch mundial. Contudo, a empresa prevê mais um ano desafiador, principalmente devido aos riscos contínuos da pandemia. Para desenvolver novas oportunidades de negócios tendo como base as profundas mudanças tecnológicas e ecológicas que ocorreram recentemente, a Bosch está combinando a internet das coisas (IoT) com inteligência artificial (IA) e se concentrando na eletromobilidade. “Somos um dos vencedores na transição para a eletromobilidade e estamos expandindo significantemente o nosso negócio de software ao utilizar a inteligência artificial”, disse Denner.
Os esforços globais para combater as mudanças climáticas estão acelerando a eletrificação e o hidrogênio verde. A eletrificação oferece para Bosch novas oportunidades de negócios em diferentes áreas, pois exige soluções não apenas para a condução elétrica como também para o aquecimento elétrico de edifícios. No que se refere à tecnologia de powertrain, a eletromobilidade está se estabelecendo como o principal negócio da Bosch. As células a combustível convertem hidrogênio em eletricidade e a Bosch está desenvolvendo soluções tecnológicas estacionárias e móveis. De 2021 a 2024, a empresa planeja investir um bilhão de euros na tecnologia de células a combustível.
A Bosch continua avançando em suas próprias metas de ações climáticas e, em 2020, alcançou um marco importante de neutralidade de carbono em suas 400 localidades em todo o mundo, que inclusive foi validado por meio de testes independentes. Como resultado, a Bosch é a primeira empresa industrial global cujas suas localidades não mais deixam pegadas de carbono. Até 2030, a empresa também visa reduzir em 15% as emissões de CO2, em relação ao nível registrado em 2018, ao longo de toda a sua cadeia valor, dos fornecedores aos clientes. Isso significará uma redução 67 milhões de toneladas métricas de emissões de dióxido de carbono.
