Canal Arte1 exibe série inédita “Histórias da Bienal”

Estreia no Arte1 a série Histórias da Bienal, parceria do canal com a Fundação Bienal de São Paulo, com patrocínio da Bloomberg

Histórias da Bienal estreia na programação do Arte1 no domingo, 3 de setembro, às 21h30. Com seis episódios de 30 minutos cada um, a série reforça o compromisso do canal e da Fundação Bienal de São Paulo com a formação do público. A parceria conta com patrocínio da Bloomberg.

Apresentada por Gisele Kato (foto), a série Histórias da Bienal trata de questões fundamentais da arte que, desde a década de 1950, quando a grande mostra paulistana foi inaugurada, pautam reflexões e produções artísticas no país. 

Em sintonia com o coletivo curatorial da 35ª Bienal de São Paulo – que abre ao público no próximo dia 6 –, os capítulos de Histórias da Bienal não seguem uma cronologia baseada na noção de tempo criada pela cultura europeia ocidental.

A série divide-se por temas, tratados pela perspectiva de seus protagonistas: artistas e curadores, que participam por meio de registros históricos e/ou entrevistas inéditas. Seus relatos são intercalados por pontuações feitas pela apresentadora da série, que, ao se dirigir diretamente aos espectadores, divide com eles informações e observações extras.   

A série estará disponível ainda no Youtube da Fundação Bienal de São Paulo e no Arte1Play, o streaming do canal Arte1. O espaço de estudos Bloomberg dentro da 35ª Bienal de São Paulo também exibirá Histórias da Bienal.  

Confira as sinopses dos seis episódios:

Episódio 1 – O Começo de Tudo

No primeiro episódio da série “Histórias da Bienal”, vamos conhecer as motivações que levaram o empresário Ciccillo Matarazzo a criar a Bienal de São Paulo, em 1951, e entender por que o artista Heitor dos Prazeres, vencedor de um prêmio de pintura nesta primeira edição da mostra, caiu por muito tempo no esquecimento. 

Episódio 2 – Arte e Política

Neste episódio da série “Histórias da Bienal”, vamos refletir sobre momentos em que contextos políticos do Brasil se impuseram de forma mais direta na arte. Os artistas Carmela Gross e Antonio Manuel contam por que decidiram aceitar e recusar, respectivamente, suas participações na 10ª Bienal de São Paulo, em 1969, quando o AI-5 estava em vigor. O artista Éder Oliveira relembra o impacto que sentiu ao pintar os enormes rostos anônimos de homens que foram encarcerados na 31ª Bienal de São Paulo, em 2014. O artista Yuri Firmeza, que também integrou a 31ª edição, fala dos encontros que enxerga entre poder, religião e política.

Episódio 3 – O Poder do Curador

O terceiro episódio da série “Histórias da Bienal” mostra como o papel e a figura do curador vêm mudando ao longo dos anos. A primeira bienal a ter um curador foi a 16ª, em 1981, com Walter Zanini. Nos anos 90, esse profissional chegou a ser tido como um “todo-poderoso”, capaz de alavancar ou afundar carreiras. Mas, hoje, uma atitude centralizadora faz cada vez menos sentido. Participam do programa: os artistas Carmela Gross e Cildo Meireles, a curadora da 27ª Bienal de São Paulo, Lisette Lagnado, e o coletivo curatorial da 35ª Bienal de São Paulo, com Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel.

Episódio 4 – Outras Histórias  

Neste episódio de “Histórias da Bienal”, vamos abordar como tem crescido a necessidade de se adotar outras narrativas e perspectivas na arte, além da visão ocidental e europeia, até pouco tempo uníssona na história. Os artistas Cildo Meireles e Regina Silveira relembram suas participações na 24ª Bienal de São Paulo, em 1998, que sugeriu o conceito antropofágico como elemento formador da identidade cultural brasileira. A fotógrafa Mauren Bisilliat fala da sala “Xingu Terra”, que ela assinou com o sertanista Orlando Villas Bôas e o cacique Aritana Yawalapiti na 13ª Bienal de São Paulo, em 1975. E os artistas Daiara Tukano e Gustavo Caboco dizem por que a 34ª edição, em 2021, ficou conhecida como a “Bienal dos Índios”, alcunha dada pelo amigo Jaider Esbell. 

Episódio 5 – Mais Perguntas, Menos Respostas 

Em 2008, na 28ª Bienal de São Paulo, o 2º andar do Pavilhão da Bienal permaneceu vazio. O gesto dos curadores Ivo Mesquita e Ana Paula Cohen, frente às crises da instituição, entrou para a história como uma abertura a novas possibilidades e um convite a uma pausa necessária. Neste quinto episódio da série “Histórias da Bienal”, os artistas Maurício Ianês e Carla Zaccagnini falam de suas participações naquela que ficou conhecida como a “Bienal do Vazio”. E os artistas Tatiana Blass e Jonathas de Andrade falam de suas participações na 29ª Bienal de São Paulo, em 2010, que investiu pesado na comunicação com o público.

Episódio 6 – Coreografias do Impossível

O último episódio da série “Histórias da Bienal” é dedicado à 35ª Bienal de São Paulo, que está aberta no pavilhão do parque do Ibirapuera. Com o título “coreografias do impossível”, a Bienal deste ano é organizada por um coletivo curatorial composto por Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes, e Manuel Borja-Villel, sem hierarquia entre eles. Os quatro curadores conversam com a gente ao longo do programa, e também os artistas: Ana Pi, Tadáskía, Luana Vitra, Kidlat Tahimik e Daniel Lie. A 35ª Bienal de São Paulo nos convida a uma revisão das estruturas verticais de poder, e nos provoca a imaginar outros mundos possíveis.  

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