Cinema: “Blow-Up” está de volta às telas de Sampa após 50 anos de sua estreia

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Baseado em um conto do escritor argentino Julio Cortázar, a história de “Blow-Up” gira em torno do envolvimento acidental de Thomas, um fotógrafo de moda na Swinging London, em um caso de assassinato.

Após fotografar um casal que se encontrava em um parque, Thomas é procurado pela mulher, que exigia os negativos das fotos. Instigado pela insistência da mulher, o fotógrafo amplia as imagens e as examina, descobrindo o que acredita ser um indício de um crime, capturado ao acaso por sua lente. Dessa forma, o fotógrafo acaba se envolvendo em um enigma que tenta solucionar por meio de suas fotografias.

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Primeiro filme de Antonioni falado inteiramente em inglês, Blow-up foi de extrema importância no contexto da contracultura. Relevante não só por exibir a agitação cultural na qual Londres estava imersa na década de 1960, com participações de alguns de seus ícones, como a modelo Verushka e os Yardbirds, o filme ganhou notoriedade – e controvérsia – também pela quebra de alguns paradigmas do cinema da época, rompendo com o Código Hays ao exibir cenas de nudez frontal, algo até então inédito no cinema britânico voltado ao grande público.

O filme foi o grande vencedor do Festival de Cannes 1967, além de diversas outras mostras internacionais, e é considerado um dos mais relevantes da carreira de Michelangelo Antonioni. Em 8 de dezembro, o Clássica traz a versão restaurada desta obra-prima aos cinemas brasileiros.

No primeiro ciclo do Clássica (2015/2016) foram exibidas cópias restauradas de longas do sueco Ingmar Bergman – “O Sétimo Selo” (1957) e “Morangos Silvestres” (1957) -, do italiano “Federico Fellini”, duas de suas obras-primas: “A Doce Vida” (1960) e “8½” (1963), de Pier Paolo Pasolini, ‘Mamma Roma” (1962); e do diretor alemão Werner Herzog, “Nosferatu – O Vampiro da Noite” (1979) e “Fitzcarraldo (1982)”. Nesta segunda fase (2016/2017), “Estranhos no Paraíso” (1984), de Jim Jarmusch foi o primeiro longa a ser exibido e ainda serão lançados “O Homem que Caiu na Terra” (1976), de Nicolas Roeg e Hiroshima Meu Amor (1959), de Alain Resnais.

Ficha técnica:

Blow-Up (DCP, Reino Unido/Itália/EUA, 1966, 111 min.)

Direção: Michelangelo Antonioni

Roteiro: Michelangelo Antonioni, Tonino Guerra, Edward Bond

Direção de fotografia: Carlo Di Palma

Montagem: Frank Clarke

Música: Herbie Hancock

Produção: Carlo Ponti, Pierre Rouve

Elenco: David Hemmings, Sarah Miles, Vanessa Redgrave, Verushka

Serviço:

Espaço Itaú Augusta – Sala 3, Rua Augusta, 1475 – Cerqueira César, São Paulo – SP, 01305-100, (11) 3288-6780

Cine Livraria Cultura – Sala 2, Avenida Paulista, 2073 – Cerqueira César, São Paulo – SP, 01410-000, (11) 3285-3696

Caixa Belas Artes – Sala 2, Rua da Consolação, 2423 – Consolação, São Paulo – SP, 01301-100, (11) 2894-5781

SPCine – Cine Olido – Avenida São João, 473 – Centro, São Paulo – SP, 01034-00

SPCine – CCSP – Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso, São Paulo – SP, 01504-000, (11) 3397-4002

 

Confira os dias e horários de programação nos cinemas em exbição

                                                        

 

 

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