O cineasta Hector Babenco nos deixou ontem, 13 de julho, às 22h50. Babenco havia sido internado, no Hospital Sírio Libanês em São Paulo, para um procedimento simples, do qual estava se recuperando quando teve uma parada cardiorrespiratória.
Hector Babenco nasceu em Buenos Aires e cresceu em Mar Del Prata, na Argentina, em 7 de fevereiro de 1946, mas se mudou para o Brasil aos 19 anos e naturalizou-se brasileiro
Babenco deixa duas filhas, Janka e Myra, dois netos e sua mulher, Bárbara Paz. O velório acontece das 10h às 15h, amanhã, 15 de julho, na Cinemateca Brasileira (Largo Sen. Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino).
A trajetória de Babenco:
Foi roteirista, produtor e diretor de teatro e cinema.
Começou no cinema em 1973, como produtor executivo e codiretor, com Roberto Farias, em O Fabuloso Fittipaldi.
Em 1975, dirigiu sua primeira ficção, O Rei da Noite.
Alcançou uma das melhores bilheterias do cinema nacional brasileiro com Lúcio Flávio, o passageiro da agonia (1977).
É autor do sucesso de público Pixote, a Lei do Mais Fraco (1981), melhor filme estrangeiro do ano de acordo com as associações de críticos de Los Angeles e de Nova York.
Sua primeira produção internacional foi O Beijo da Mulher-Aranha (1984), com quatro indicações ao Oscar, incluindo melhor diretor. William Hurt ganhou Oscar de melhor ator e o prêmio de interpretação masculina em Cannes pelo filme.
Dirigiu Jack Nicholson e Meryl Streep em Ironweed (1987) pelo qual foram indicados para o Oscar de melhor ator e melhor atriz.
Em 1990, fez Brincando nos Campos do Senhor, produzido por Saul Zaentz, com os atores Tom Berenger, Daryl Hannah, Aldann Quinn e Kathy Bates.
Filmou na Argentina Coração Iluminado (1998), inspirado em suas lembranças de adolescência. O filme foi selecionado para concorrer à Palma de Ouro no Festival de Cannes.
Em 2003, foi escolhido para a Seleção Oficial da Palma de Ouro, pelo Festival de Cannes com Carandiru, uma das maiores bilheterias do cinema nacional. Com histórias iniciadas no longa, criou em 2005 para televisão a série Carandiru – outras histórias.
Em 2007, dirigiu O Passado, um filme argentino-brasileiro, com o ator Gael Garcia Bernal como personagem principal.
Seu último longa-metragem é Meu Amigo Hindu foi lançado nas salas de cinema em março de 2016. O filme conta com argumento, roteiro, direção e produção de Hector Babenco.