Rica Legname, especialista no segmento, dá três dicas para operadores não terem prejuízos ao oferecer o sistema para usuários
Em 2022, a venda de carros elétricos no Brasil atingiu um recorde: foram 50 mil unidades emplacadas, um aumento de 41% sobre 2021, segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE). E 2023 começou confirmando essa tendência: com 4.503 unidades emplacadas, foi o melhor mês de janeiro da série histórica da ABVE apresentando crescimento de 76% em relação a janeiro de 2022. Porém, junto com este crescimento, estão aumentando também os desafios no segmento. E um deles é a fraude no pagamento da recarga desses veículos.
Notícias recentes informam que golpistas estão tentando fraudar o pagamento nas recargas de carros elétricos em redes de carregamento na cidade de São Paulo. Segundo o portal Use Elétrico, a logística do golpe é aplicar dados falsos ou de terceiros em uma conta de e-mail nova. Depois da recarga, o fraudador apaga o e-mail de origem e a conta no aplicativo, deixando o pagamento pendente.
“Isso acaba gerando uma insegurança para todos que estão empenhados em fazer essa tecnologia crescer e ampliar a rede de veículos elétricos no Brasil”, afirma Rica Legname, CEO da Spott, startup que visa facilitar a expansão da infraestrutura de carregamento de carros elétricos no País.
Para lidar com esse desafio, Legname dá três dicas para evitar fraudes e melhorar a segurança no sistema. Confira!
De olho na segurança
O sistema de gerenciamento dos carregadores de veículos elétricos deve oferecer segurança em diversas camadas para os operadores. Ou seja, os aplicativos que são baixados pelo usuário devem ter etapas de validação bastante rigorosas. Outra camada de segurança é a física, conforma explica Legname. “Os locais de carregamento devem ter câmeras de monitoramento. Assim, os golpistas podem ser identificados quando houver uma situação de fraude”, explica.
Pagamentos pré-pagos
O modelo de pagamento pré-pago é uma opção mais segura e simples. O cliente pode comprar créditos para as recargas de forma rápida e instantânea. Além de dar uma margem de segurança maior, os gestores da rede ainda contam com a antecipação de fluxo de caixa.
Gerenciador inteligente e funcional
Independente do carregador utilizado, é importante que o gerenciador desse sistema seja inteligente e funcional. Além de fornecer dados como: disponibilidade dos carregadores, formas de pagamento e balanceamento de carga entre os pontos, é importante que haja um monitoramento em real time. Isso garante maior uptime para as estações, evitando perda de receita e trazendo mais segurança à operação. Um bom exemplo de gerenciador inteligente é o Charge Management System (CMS), da Spott, que possibilita o controle absoluto da operação gerando diversos tipos de relatórios, dados em tempo real de uso dos carregadores, recebimento da receita das recargas direto na conta e otimização da operação como um todo.