Dia dos Povos Indígenas: Curta!On terá programação especial

Produções do Curta!On ajudam a conhecer a cultura e a luta dos indígenas no Brasil no Dia dos Povos Indígenas

No Brasil, o dia 19 de abril é conhecido como Dia dos Povos Indígenas. A data é dedicada à reflexão, ao debate e ao reforço de uma exigência já antiga: a que os povos originários tenham seus direitos respeitados. Também é momento de ressaltar a importância de sua contribuição cultural e de suas perspectivas diante da sociedade e da própria história brasileira.

No especial “Mês dos Povos Indígenas”, o Curta!On – Clube de Documentários – no NOW da Claro/NET e no internet através do Curta!on na plataforma Tamanduá.TV (https://tamandua.tv.br/planos/curtaon),– reúne produções que têm o objetivo de ampliar a voz, os olhares, a memória e as lutas dos indígenas ao longo dos últimos séculos – sobretudo desde a chegada dos colonizadores.

Saiba mais sobre as produções selecionadas:

“Piripkura” (Documentário)

Dois indígenas nômades, do povo Piripkura, sobrevivem cercados por fazendas e madeireiros numa área ainda protegida no meio da Floresta Amazônica. Jair Candor, servidor da FUNAI, acompanha os dois índios desde 1989. Ele realiza expedições periódicas, muitas delas acompanhado por Rita, a terceira sobrevivente Piripkura, para monitorar vestígios que comprovem a presença deles na floresta e para impedir a invasão da área. Packyî e Tamandua vivem com um facão, um machado cego e uma tocha.  Piripkura aborda as consequências de uma tragédia e revela a força, resiliência e autonomia daqueles que foram expostos a todo tipo de ameaças e têm resistido ao contato com o homem branco. Direção: Bruno Jorge, Mariana Oliveira e Renata Terra. Duração: 82 min. Classificação: Livre.

“A Mãe de Todas as Lutas” (Documentário)

“A Mãe de Todas as Lutas” é um documentário que recorre à memória para vislumbrar um futuro de mudanças sob a ótica feminina. O filme acompanha a trajetória de Shirley Krenak e Maria Zelzuita, mulheres que estão no front da luta pela terra no Brasil. Shirley traz a missão de honrar a sabedoria das guerreiras Krenak, da região de Minas Gerais. Maria Zelzuita é uma das sobreviventes do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará. Através de suas histórias, fica latente que a humanidade depende de decisões de agora para um futuro possível. O filme não pretende dar respostas, apenas deixar uma pergunta: “que tipo de adubo você quer ser para a Mãe Terra?”, conforme questiona Shirley Krenak. Direção: Susanna Lira Duração: 71 min. Classificação: 14 anos.

“A Terceira Margem” (Documentário)

Em 1953, treze anos depois do início da célebre “Marcha para o Oeste”, os indigenistas irmãos Villas-Boas encontram, entre os índios Kaiapó, o jovem João Kramura, um branco roubado de seus parentes e criado na tribo. Através do índio Funi-ô Thini-á, reconstitui-se a história de João e também a do próprio Thini-á, que compartilha o mesmo trânsito atribulado entre dois mundos. Seguindo os passos de João, que encontra ressonância nos de Thini-á, colocam-se em cheque a ruptura da cultura indígena diante da invasão branca e a evolução dos conceitos de antropólogos e indigenistas ao longo de 60 anos. Direção: Fabian Remy. Duração: 56 min. Classificação: Livre.

“500 Almas” (Documentário)

Documentário sobre a perda de identidade baseado na cultura dos índios Guatós. Filmado na ilha Insua, Pantanal, e em localidades como Cáceres, Poconé e Corumbá (Mato Grosso), Rio de Janeiro, Recife e Berlim (Alemanha), tem como ponto de partida o resgate da identidade de toda uma população indígena, os índios Guatós – tidos como extintos – que até a produção deste filme não sabia sua própria história.Com mais de 50 prêmios, é um dos documentários mais premiados do Brasil. Direção: Joel Pizzini. Duração: 108 min. Classificação: Livre.

“Serras da Desordem” (Documentário)

Carapiru é um índio nômade que escapa de um ataque surpresa de fazendeiros. Durante dez anos, ele anda sozinho pelas serras do Brasil central, até ser capturado em novembro de 1988, a 2 mil quilômetros de seu ponto de partida. Levado a Brasília pelo sertanista Sydney Possuelo, ele vira manchete nacional e centro de uma polêmica entre antropólogos e linguistas quanto a sua origem e sua identidade. Direção: Andrea Tonacci. Duração: 136 min. Classificação: 10 anos.

Fronteiras Fluidas” (Série)  Episódio: “Primeira Terra”

Vivendo na Floresta Amazônica, na divisa entre o Brasil e a Venezuela, o povo Yanomami ainda preserva sua cultura milenar e suas tradições. Nesse episódio, Davi Kopenawa, liderança Yanomami, nos conta como se deu a criação da Terra e seu ressurgimento pelo mito da “Queda do Céu”. Ao compartilhar as histórias e experiências de seus ancestrais, ele dá um alerta importante aos homens que habitam nossa civilização.  Diretor: Mariana Fagundes. Duração: 26 min. Classificação: 14 anos.

“Fronteiras Fluidas” (Série)  Episódio: “Palavra Sonhada”

As vespas gostam de morar com seus parentes e não gostam que mexam com elas. Assim também é Davi Kopenawa, líder Yanomami. Neste episódio, transitamos entre o mundo onírico dos povos ameríndios e a dura realidade em que estão imersos. Vemos o percurso de Davi como defensor dos direitos dos indígenas e sua atuação dentro e fora da aldeia. Personagens importantes como o líder Ailton Krenak e a fotógrafa Cláudia Andujar cruzam suas histórias de vida na trajetória de Davi.  Diretor: Mariana Fagundes. Duração: 26 min. Classificação: 14 anos.

“Fronteiras Fluidas” (Série)  Episódio: “Lá Tem Outras Flores”

No cotidiano do Demini, aldeia Yanomami situada em Roraima, entre caças, colheitas e ritos tradicionais, alguns personagens se destacam pelas fronteiras que cruzam. Naquela floresta de cristais, Morzaniel é cineasta, Davi Kopenawa, escritor, Joseca desenha seus sonhos, e suas ilustrações de Xapiri já ganharam o mundo. Diretor: Mariana Fagundes. Duração: 26 min. Classificação: 14 anos.

Estados da Arte” (Série)  Episódio: “Índio”

O trabalho e o pensamento de artistas que foram tocados pelas forças espirituais e criativas dos povos da floresta. O engajamento e a luta pelas questões indígenas e ambientais. Relações da arte com mitos e cosmogonias. Diretor: Eduardo Goldenstein. Duração: 26 min. Classificação: 14 anos.

Vestígios do Brasil” (Série)  Episódio: “O Bicho Que Come Cru”

O episódio aborda o massacre dos índios Canela, ocorrido em 1963, no município de Barra do Corda, Maranhão. De volta ao território, os índios sobreviventes ao ataque reconstruíram a aldeia e mantêm viva até hoje a cultura, a tradição e o modo de vida da etnia. Diretor: Lúcia Murat, Lucas Canavarro, Gabriela Amadei. Duração: 25 min. Classificação: Livre.

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