Cuidados com manutenção vão de encontro com o Compromisso E8 (Visão da Bridgestone que busca gerar valor social e para o cliente como uma empresa de soluções sustentáveis) e está ligado ao valor Economy, comprometidos em otimizar os custos operacionais e agregando mais valor aos produtos e serviços de mobilidade
Os pneus de carga constituem um dos maiores itens na planilha de custos das transportadoras e caminhoneiros. Eles representam um alto investimento, dada a grande quantidade de produtos que equipam um veículo de carga – de 6 a 26 pneus – e também pela alta rotatividade dos produtos, além disto, são um dos itens mais importantes da segurança dos caminhões, são responsáveis por transferirem toda a potência de tração e frenagem do veículo para o solo. Por isso, entender sobre a preservação dos pneus e como aumentar a vida útil deles, garante aos motoristas e aos frotistas mais segurança e economia. O Diretor Comercial da Bridgestone, Marcos Aoki, explica sobre os hábitos que aumentam a vida útil dos pneus, garantindo o melhor desempenho dos veículos. Confira abaixo as recomendações.
Alinhamento – É necessário garantir o correto alinhamento de todos os eixos e rodas com verificações periódicas, ao menos a cada 10 mil km rodados. O desalinhamento das rodas ou eixos afeta a dirigibilidade e provoca o arraste contínuo dos pneus, fazendo com que o desgaste seja anormal e acelerado, reduzindo a quilometragem em até 25%.
Balanceamento – A falta de correção pode reduzir em até 20% a quilometragem de um pneu. Um conjunto desbalanceado produz oscilações e vibrações tanto estática como dinâmica e, por consequência, resulta em esforços e fadiga de componentes mecânicos, tais como amortecedores, rolamentos e terminais de direção, gerando dificuldade na dirigibilidade, desconforto aos passageiros além do aumento do custo de manutenção, pois submete os pneus a um desgaste irregular localizado devido a diferença de massa.
Calibragem – Este é um dos grandes ladrões de km e performance dos pneus. Em razão da grande quantidade de pneus e da dificuldade de acessar a válvula de ar deles, alguns profissionais costumam deixar de realizar a verificação da calibragem com a periodicidade necessária, que seria ao menos uma vez por semana ou após 10 mil km rodados. O resultado desta falta de manutenção é a perda de até 25% na quilometragem do pneu. A pressão acima da recomendada é prejudicial pois provoca o desgaste acelerado do centro da banda de rodagem, gerando danos à carcaça quando for necessário utilizar sua função de “amortecedor”, enquanto a pressão abaixo da recomendada provoca o desgaste acelerado das extremidades da banda de rodagem e também pode gerar superaquecimento da carcaça, diminuindo a taxa de recapabilidade dos pneus.
Fique atento aos desenhos de banda de rodagem – Existem diferentes tipos de desenho para cada tipo de aplicação e posição de rodagem, e a escolha incorreta pode reduzir a quilometragem em até 40%. Cada posição de rodagem tem uma função específica. Os pneus dianteiros, por exemplo, têm a função de conduzir o veículo, favorecendo as curvas e manobras; os pneus de tração transmitem a força e potência do motor, resultando na melhor produtividade do veículo; os pneus de eixos livres, do truck e da carreta, têm o compromisso de minimizar o arraste durante as manobras. Rodar na cidade com um pneu destinado ao uso na terra (fora de estrada) também provoca perdas no consumo de combustível, na estabilidade e na durabilidade das peças do veículo. Portanto, é fundamental utilizar o pneu indicado para cada tipo de aplicação.
Excesso de carga – É outro fator que compromete muito a estrutura e o desempenho dos pneus, da suspensão e dos freios e, além disso, provoca aumento do consumo de combustível, sem contar que prejudica as estradas. Muitos motoristas pensam que transportar excesso de carga pode otimizar o tempo das entregas e gerar economia, porém, a prática geralmente ocasiona danos aos veículos. O excesso de peso acarreta maior aquecimento dos pneumáticos e a fadiga prematura das carcaças, diminuindo seu rendimento. Quanto à economia, transportar carga em excesso acarreta no aumento do consumo de combustível e, também, o risco de acidentes. Além disso, reduz a velocidade do caminhão, o que resulta em maior tempo de viagem.
Emparelhamento dos pneus – Procure manter a montagem no eixo dos pares perfeitos, ou seja, pneu da mesma marca, modelo, desenho, calibragem, ciclo de vida (novo com novo, reformado com reformado) e etc. Isto evitará que pneus diferentes trabalhem juntos, “sobrecarregando” um pneu e “lixando” o parceiro. Um controle inadequado do emparelhamento pode acarretar na redução de até 25% da quilometragem do pneu.
Rodízio de pneus – Este revezamento, que consiste na inversão de posição entre os pneus, evita o desgaste irregular, fazendo com que ele aconteça de maneira mais uniforme, o que prolonga sua vida útil. Vale destacar ainda que os cuidados com os pneus vão além do que se é aplicado diretamente a eles. A manutenção preventiva de todo o veículo é extremamente importante para o bom funcionamento do conjunto e, desta maneira, os pneus desgastam de maneira regular e mais lenta.
E para finalizar, mantenha os pneus distantes dos derivados de petróleo ou solventes. Estes produtos atacam a borracha, fazendo com que ela perca suas propriedades físico-químicas e mecânicas, reduzindo a vida útil.