Especialista dá dicas para mecânicos sobre como a troca desses componentes devem ser realizadas
Desde o final dos anos 90, os sistemas de injeção de combustível automotivos passaram a incorporar sensores de oxigênio, conhecidos como sondas lambda, responsáveis por ajustar a mistura ar-combustível e mantê-la próxima do ideal para otimizar o desempenho, consumo de combustível e reduzir as emissões. Com o avanço das regulamentações sobre emissões de poluentes e a demanda por maior eficiência energética, muitos veículos adotam um sensor chamado de sonda linear ou sonda de banda larga. A NTK explica as diferenças entre as sondas lambda de banda larga e sondas convencionais.
1- Precisão da medição: enquanto as sondas convencionais fornecem uma medição com menor precisão, detectando se a mistura está rica ou pobre, as sondas de banda larga medem com alta precisão o valor exato do lambda (λ), permitindo ajustes mais precisos na mistura ar/combustível, possibilitando que o motor trabalhe sempre na melhor condição de operação com menor consumo e emissões de poluentes.
2- Controle da mistura ar/combustível: oferece controle preciso e detalhado da mistura, ajustando-se automaticamente a diferentes condições de rotação e carga do motor. O sistema verifica e ajusta continuamente para manter a mistura ideal.
3- Eficiência e emissões: contribui significativamente para a redução das emissões de poluentes e melhora a eficiência do combustível. A queima mais eficiente resulta em menor impacto ambiental e maior economia de combustível.
4- Tempo de Resposta: tem um tempo de resposta mais rápido e preciso, permitindo ajustes quase em tempo real na mistura ar/combustível com um alto grau de precisão.
5- Aplicações e compatibilidade: geralmente, as sondas lambda de banda larga são empregadas em veículos que possuem sistemas de injeção direta, turboalimentados e cumprem as normas mais rigorosas de emissão.
A grande diferença entre as sondas está no princípio de funcionamento, a sonda convencional, trabalha com uma média da mistura ar/combustível, já as sondas de banda larga trabalham com uma medida precisa da mistura ar/combustível, proporcionando um controle preciso do sistema de injeção.
Substituição das sondas lambda
Os sensores de oxigênio devem ser substituídos quando apresentam falhas. Não há manutenção ou reparo, sendo necessário a sua substituição quando necessário. Neste sentido os mecânicos devem se atentar as evoluções tecnológicas que mudaram o diagnóstico dos sistemas de injeção: em vez de um sinal oscilante entre 0 e 1 volt, para as sondas convencionais, os novos sistemas de injeção calculam exatamente o melhor valor do lambda, com a sonda medindo a mistura sem a tradicional oscilação do sinal.
“Enquanto os sensores antigos fornecem uma tensão de 0 a 1 volt, as sondas lineares geram uma corrente em miliamperes convertida em valores de lambda pelo scanner”, afirma Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da Niterra. “Essas sondas têm processadores específicos para cada tipo de motor, tornando-as não adaptáveis a outras aplicações. A adoção das sondas lineares e a mudança no gerenciamento eletrônico dos motores exigem atualização contínua dos profissionais, refletindo a necessidade de adaptação às novas tecnologias. A verificação do correto funcionamento da sonda lambda deve ser realizado anualmente ou a cada 30.000km.”
Em caso de sondas danificadas, a NTK pode mostrar sinais de problemas, como a indicação no painel da luz de falha no sistema de injeção (lâmpada LIM), aumento do consumo de combustível e desbalanceamento na proporção ideal entre ar e combustível. Além disso, pode haver dificuldades na identificação do tipo de combustível em veículos flex fuel.