Estudo apresenta os principais desafios da mulher no setor automotivo

 

Resultado mostra que a indústria ainda não possui políticas igualitárias desenvolvidas, o que afasta gradativamente as profissionais das empresas

Uma pesquisa muito importante! O portal Automotive Business, principal plataforma de conteúdo para profissionais do setor automotivo, apresentou, durante o VI Fórum RH na Indústria Automobilística, realizado nesta semana em São Paulo, o resultado final de uma pesquisa inédita sobre a atuação da mulher nesta indústria. Na ocasião, além do fechamento dos dados previamente apresentados em fevereiro, Paula Braga, diretora de Automotive Business e líder do projeto Presença Feminina no Setor Automotivo, abordou as principais dificuldades que as mulheres enfrentam para seguir um plano de carreira neste mercado.

Nos últimos quatro anos a presença das trabalhadoras na cadeia produtiva cresceu 2 pontos porcentuais. Assim, as mulheres passaram a responder por 17% da força de trabalho do setor. “O número deixa claro o quanto o segmento ainda tem muitas oportunidades para avançar no construção de ambientes mais igualitários. O sutil avanço recente foi puxado por pressão das matrizes das companhias multinacionais, por transformações culturais e, ainda, pode estar ligado ao fato de a mulher receber remuneração até 33,8% menor do que os homens nesta indústria e, por isso, terem sido estratégicas para as empresas em período de crise”, ressalta Paula.

Outro destaque curioso do levantamento é o fato de que 45% das profissionais possuírem ensino superior ou especialização e, quando se tratam dos homens, este número cai para 29%. A contradição é que a formação mais completa não se converte em ascensão profissional. Apenas 0,64% de todo o quadro de colaboradores do setor corresponde a mulheres em posições de liderança.

Para Paula, o desafio para moldar uma indústria automotiva mais igualitária reflete diretamente neste resultado: “Ainda hoje notamos um modelo organizacional muito rígido na indústria, o que afasta gradativamente as mulheres e não as motiva a permanecer e crescer no setor”, diz.  Com a diferença na remuneração de homens e mulheres em um mesmo cargo, estas trabalhadoras acabam por buscar espaço em outros setores ou, até mesmo, partirem para o empreendedorismo.

Um dos indícios deste movimento é o fato de que as mulheres são menos longevas no setor automotivo: enquanto 21% dos homens que atuam no segmento têm mais de 46 anos, apenas 11% das mulheres com carreira nesta indústria estão na mesma faixa etária. Para ter acesso ao resultado completo da pesquisa, acesse: www.mulheresautomotivas.com.br

 

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