Cuidado com a adulteração de combustível e odômetro

O velocímetro e o combustível são constantes alvos de fraudes dentro de uma frota. As organizações que trabalham com a logística precisam estar atentas e utilizar a tecnologia como ferramenta de combate

O funcionário, o posto de combustível, até mesmo as pessoas que alugam um carro, podem se tornar um grande inimigo de uma empresa frotista. As fraudes podem e, provavelmente vão acontecer. O gestor está preparado para todos esses perigos?

Em 2019, o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM) fez uma pesquisa que constatou, só no Estado de São Paulo, 2.595 postos que comercializam combustível adulterado.

As fraudes internas, feitas por colaboradores, têm estatísticas assustadoras que chegam a representar 85% das perdas de uma empresa, segundo o Monitor de Fraudes. E, quanto aos clientes de carros de aluguel, não temos uma estatística, porém, é só “dar o famoso google” que apareceram inúmeras matérias sobre ocorridos e como se prevenir.

Segundo Daniel Schnaider, especialista em recuperação de empresas e em tecnologias disruptivas para o setor de automóveis, “o risco é frequente e todos esses fatores resultam em perdas significativas para uma empresa. É necessário investir em recursos que inibem ou apontem esses tipos de crimes e digo com toda certeza, o investimento em ferramentas será muito mais baixo do que as reservas que saem pelo ladrão”.

O especialista também aborda a questão da Internet das Coisas (IoT) para o combate desses tipos de fraudes.

Para conseguir ludibriar uma gestão e fazer com que a quilometragem seja revertida pelo odômetro, ação que pode ser feita por uma pessoa que faz a locação do veículo, ou mesmo quando o funcionário usa o carro da empresa para fins pessoais, eles precisam ter acesso ao equipamento. Com a IoT, por meio de sensores, assim que o infrator acessa a parte interna do painel, o gestor da frota recebe um alerta de “violação”. A partir disso, já aparecem as informações precisas de onde está o veículo e qual o evento que aconteceu na ocasião, como a tentativa de fraude no odômetro.

No caso do combustível existem as fraudes em que o condutor é vítima de um posto que trabalha com substâncias adulteradas na bomba ou casos em que o combustível é retirado diretamente do tanque. Em ambas as situações, a IoT detecta que há menos quantidade no compartimento, uma vez que ou foi retirada, ou que evaporou em pouquíssimo tempo, e nas duas versões, o alerta é acionado.

Ainda, segundo Schnaider, CEO da Pointer by PowerFleet, empresas que fornecem esse tipo de tecnologia, têm mapeado o quanto o veículo gasta por litro, tornando possível identificar a forma como está sendo gasto e, até mesmo, mapear os postos de combustível que estão performando menos, se a fraude está acontecendo ou mesmo se a forma como o motorista está dirigindo faz com que gaste mais.

Fraudes são comuns no setor de frotistas, mas o que não pode ser comum é a aceitação dos gestores em relação às perdas. Tomar medidas preventivas é o meio mais viável de mitigar estes desafios.

 

Fonte: Daniel Schnaider,  CEO da Pointer by Powerfleet Brasil

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