Bernie Ecclestone, o antigo “poderoso chefão” da Fórmula 1 acusou os novos proprietários da categoria de estarem apagando seu legado na categoria. “Não posso fazer nada. Até os funcionários foram instruídos para não falar comigo. Eles querem livrar-se da ‘era Bernie’: ‘Vamos livrar-nos da história de Bernie!’”, desabafou o empresário inglês de 86 anos, em entrevista ao jornal ‘Daily Mail’ neste domingo. “Dizem sempre a mesma coisa. Provavelmente pensam que me fazem feliz com isso, mas não: ‘Ele fez um super-trabalho, mas tempos de seguir em frente’, dizem – e até pode ser que estejam certos”, acrescentou Ecclestone, que foi substituído no cargo pelo norte-americano Chase Carey:
“Se fiquei chateado quando a Liberty pediu para que me afastasse? Não. Vejo isso como quando alguém compra um carro e quer dirigi-lo. Fiquei um pouco decepcionado porque antes de assumirem o controle pediram-me para ficar três anos. E eu disse que, desde que fosse o mais adequado e competente – para o cargo – que sim, que ficaria. Assim, fiquei um pouco surpreendido no dia seguinte ao negócio ser fechado por pedirem para sair, porque o Chase queria ser o diretor-executivo. Chase fez isso cara-a-cara”, lamentou.
Apesar de despedido do cargo que ocupou durante 40 anos, Ecclestone adiantou que vai continuar a ser presença nos GPs, tendo previsto pelo menos ir a metade deles. Há ainda a possibilidade de Ecclestone ser o responsável pelo GP do Brasil, em novembro, aqui em São Paulo.