“Um dia do cão, o outro da caça!”. A velha e conhecida máxima pode ser facilmente entendida pela dupla Fernando Alonso/McLaren. O motivo é bem simples: os dados da FIA mostram que o piloto espanhol foi o que “sofreu” o maior número de ultrapassagens nos últimos quatro GPs disputados na atual temporada. Tal número, que impressiona mais ainda é maior que ao dos pilotos da equipe Manor (a ex-Marussia), considerada a mais “lenta” da categoria.
A triste sina de Alonso é grande pois o mesmo consegue largar bem, conseguindo ganhar posições na primeira volta. Porém, Alonso não tem uma máquina em condições reais para defender a posição que ganhou, principalmente nos últimos circuitos considerados velozes como Spa-Francorchamps (GP da Bélgica), Monza (GP da Itália) e Suzuka (GP do Japão), Alonso foi ultrapassado por 12 vezes. Curiosamente, em Singapura, um traçado mais lento, o espanhol manteve-se ‘invicto’.
O problema pode ser explicado pela falta de potência dos motores Honda, Jenson Button é o segundo da lista. O britânico “sofreu” nada menos que 10 ultrapassagens nas últimas quatro provas. Os pilotos da Manor, por sua vez, “sofreram” oito cada (somando os resultados de Roberto Merhi e Alexander Rossi, que revezaram o mesmo carro).
“Sempre que consigo largar bem ou estamos em uma posição mais à frente, logo voltamos a nosso lugar natural”, lamentou Alonso. “É frustrante porque vemos os pilotos à nossa volta constantemente cometendo erros, falhas nas frenagens, escorregar nas curvas como se fizessem ralis mas depois, chegam às retas, e passam por nós sem que possamos fazer nada”. Embora reitere o seu apoio ao projeto da Honda, o espanhol, que tem um contrato de três anos com a McLaren, não esconde a desilusão da temporada – leia-se equipe. “O apoio continua a ser o mesmo, mas quando o Ericsson te ultrapassa… é duro”, lamentou.