Nem tudo é mar de rosas na equipe campeã do mundo Mercedes-Benz. Toto Wolff, diretor da equipe, descartou qualquer alteração na política de estratégias da equipe depois das críticas de Lewis Hamilton após o GP Brasil.
Hamilton reclamou que a Mercedes não o deixou lutar pela vitória em Interlagos, quando recusou o pedido para alterar a estratégia para uma diferente da de Nico Rosberg, com o objetivo de lutar pela vitória. A Mercedes recusou e Hamilton teve de resignar-se a seguir Rosberg.
“Estou aqui para correr e quando nós os dois temos de fazer praticamente a mesma coisa, na mesma ordem, é algo que foi definido desde o início, então perguntei ‘se existem outras estratégias, vamos tentar, vamos dar uma oportunidade, faremos o que for preciso’ e a ‘Mercedes disse ‘gere os pneus’ e contestei ‘não, quero correr’”, explicou Hamilton visivelmente chateado. “Acho que é isso que as pessoas querem ver, mas foi monotono seguir Rosberg como se fosse um atrelado”, lamentou o tricampeão.
Wolff insiste que a Mercedes vai continuar a decidir a estratégia e não os pilotos. “Temos os nossos estratégias e se os pilotos começassem a tomar as suas próprias decisões, perderiam todas as corridas”, justificou o britânico.
Rosberg apoia a política de estratégias da equipe e considera que permitir a Hamilton tomar as suas próprias decisões não seria justo. “Só pode fazer as coisas segundo o que diz o teu computador”, salienta o alemão, vencedor das últimas duas corridas. “Seria injusto que vai em segundo alterar a estratégia e depois ser o mais rápido. Deveria ser apenas eu contra o Lewis, sem mais ninguém envolvido”, concluiu Rosberg.