Giramundo comemora 50 anos em turnê por sete estados

Grupo Giramundo entra em turnê nacional a partir 15 de outubro, com 64 apresentações do Miniteatro Ecológico

Uma turnê nacional marca as comemorações dos 50 anos Grupo Giramundo, um dos mais antigos e respeitados teatros de bonecos do Brasil. Com patrocínio da Petrobras, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Distrito Federal, Pernambuco, Alagoas e Sergipe são os estados que vão receber apresentações do Miniteatro Ecológico.

O Giramundo, que completou meio século de existência em meio a uma pandemia, se viu pensando nos recomeços e desejos por reencontrar a estrada. Através do edital Petrobras Cultural, o grupo conseguiu viabilizar a turnê, um processo em que concorreu com cerca de 600 projetos culturais de todo o país. Destes, apenas 15 foram selecionados.

Assim, fruto da parceria com a Petrobrás – Petróleo Brasileiro S/A, o “Miniteatro Ecológico” segue para rodar o Brasil. O projeto conta com a consultoria científica da Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte e da bióloga Valéria Tavares, texto e direção de Ulisse Tavares e trilha sonora assinada pelo “O Grivo”.

“O “Miniteatro Ecológico” é um programa de educação ambiental itinerante dirigido ao público infantil. A série atua para a formação de uma consciência sustentável, ecologicamente responsável, sensibilizando a criança para o mundo natural, seus seres vivos, e a necessidade de se cuidar do meio ambiente” explica Ulisses Tavares.

Os biomas brasileiros e os problemas ambientais são o tema central da dramaturgia de cinco espetáculos, originalmente produzidos entre 2002 e 2006: “O Aprendiz Natural” (2002); “Mata Atlântica” (2003); “Cerrado”, “Amazônia” e “O Jardim Botânico” (2004); “Caatinga” (2006). A ideia de um teatro em miniatura foi concebida por Álvaro Apocalypse, fundador do grupo, em 1992, com o objetivo de apresentação em escolas.

Com os menores bonecos do Giramundo, a coleção de marionetes do Miniteatro Ecológico é numerosa: composta de animais originários das vegetações retratadas e personagens do folclore brasileiro.

“Há no processo de todas as montagens, uma estrutura recorrente de composição. Por exemplo, a participação de um ser mitológico brasileiro que atua nos enredos. Ele faz parte do imaginário popular e da própria história sobre o meio natural do país. Temos a presença do Saci (Aprendiz Natural), o Curupira (Mata Atlântica), a Mula-sem-cabeça (Cerrado), a Mãe D’Água (Amazônia), o Lobisomem (Caatinga)” explica Ulisses.

As trilhas sonoras dividem o enredo com elenco ao vivo. Um estilo musical por região é apresentado ao público – Samba (Mata Atlântica), Caipira (Cerrado), Carimbó (Amazônia) e Repente (Caatinga).

“O Miniteatro Ecológico tem o humor como base de suas apresentações. Os textos dão voz aos humanos e sobretudo, a fauna, que expõem suas dificuldades em situações recheadas de gags e críticas”, finaliza Ulisses.

 

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